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Experimento revelou o prazo ideal a se definir para fazer as coisas

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Uma coisa é fato, nenhuma pessoa nasce realmente organizada. Em suma, a organização é algo que se aprende. Para ser uma pessoa organizada, é preciso cultivar hábitos saudáveis que vão te ajudar a ter uma rotina. Assim como, para que ela permaneça organizada. E uma das maiores inimigas da realização de tarefas é a procrastinação. Esse substantivo feminino que significa adiamento.

Mas se as pessoas forem deixando sempre a tarefa a ser cumprida para depois, será que em algum momento elas de fato a farão? E nessa estipulação de prazos é melhor definir um prazo mais curto, ou mais para o futuro para realmente dar tempo de concluir a tarefa? Ou então talvez a estipulação de um prazo não funcione nunca? Essa é a questão que um novo estudo quis responder.

Estudo

Esse estudo foi liderado por pesquisadores da Universidade de Otago, na Nova Zelândia. Eles selecionaram, de forma aleatória, nos cadernos eleitorais da Nova Zelândia os participantes para o estudo. Cada um deles recebeu uma carta pedindo para que eles respondessem uma pesquisa online, que levaria cinco minutos, a respeito de doações para caridade. E em troca eles receberiam uma pequena recompensa em dinheiro.

Se enviou três e-mails diferentes para 1.092 pessoas em cada uma delas. O prazo para um deles era de 10 dias depois do envio do e-mail, de outro eram adicionadas três semanas e o último sem prazo de envio.

“Prazos adequadamente selecionados podem sinalizar a urgência e a importância da tarefa, o que aumenta a chance de conclusão, já que as pessoas provavelmente farão as coisas logo no início. Isso é particularmente importante em situações que não apresentam lembretes naturais porque, uma vez que as pessoas adiam a tarefa, podem esquecê-la”, disse o economista Maroš Servátka, da Macquarie Business School, na Austrália.

Surpreendentemente, a taxa mais alta de resposta, com 8,32%, foi a do grupo que recebeu o e-mail sem prazo definido. Pelo menos nessa conjuntura, adicionar um senso de urgência para a tarefa não resultaria em mais respostas de volta.

Resultados

Os que tiveram um prazo de uma semana, 6,59% das pessoas responderam à pesquisa. E aqueles que tinham um prazo de um mês tiveram uma porcentagem de resposta de 5,53%. Aqueles que tiveram o prazo de um mês também foram os que responderam mais lentamente. E as respostas mais rápidas vieram das pessoas com o prazo de uma semana ou com nenhum prazo.

“Mais importante para os nossos resultados principais, o tratamento sem prazo final apresenta um pico de respostas no início e uma longa cauda de respostas posteriores. Enquanto o tratamento de um mês quase não apresenta respostas entre o dia 14 e o dia 27, mas um pequeno pico nos dias 27 a 30. O pico pode ser uma evidência de que um pequeno número de pessoas está atento ou possivelmente sofisticado e criando um lembrete para si mesmas”, escreveram os pesquisadores.

Análises

Esse estudo apoia os trabalhos anteriores que sugeriam que não ter prazo dá às pessoas esquecidas e desatentas mais oportunidade de se lembrarem de alguma coisa que queriam fazer.

Contudo, é importante se lembrar que isso é somente um tipo de tarefa. Os prazos de vários tamanhos podem ter resultados diferentes se os participantes estiverem fazendo outras atividades. Como por exemplo, escrevendo redações, preenchendo declarações de impostos ou se preparando para pintar o banheiro.

“Interpretamos isso como uma evidência de que especificar um prazo mais longo, em oposição a um prazo curto ou nenhum prazo, afasta a urgência de agir, que muitas vezes é percebida pelas pessoas, quando solicitadas a ajudar. As pessoas, portanto, adiam a tarefa e, como estão desatentas ou esquecem, adiar resulta em taxas de resposta mais baixas”, concluíram os pesquisadores.

Fonte: https://www.sciencealert.com/clever-experiment-reveals-the-ideal-deadline-to-set-to-actually-get-stuff-done

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