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Faz mal dormir com o ar-condicionado ligado? Como deixar o ambiente fresco?

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Claro que com o mundo cada vez mais quente é praticamente impossível que as pessoas não procurem por lugares refrigerados. Nisso, a demanda por aparelhos de ar-condicionado aumenta. Esse eletrodoméstico se tornou uma das principais coisas na lista de desejo dos brasileiros.

E quem tem, dependendo da época do ano acaba deixando o aparelho ligado a noite toda para poder dormir de forma mais tranquila. Contudo, será que existe algum perigo com relação à saúde em dormir com o ar-condicionado ligado? Infelizmente, essa resposta é sim! O eletrodoméstico pode sim resultar em alguns problemas.

Isso acontece porque para que ele deixe a temperatura ambiente confortável, o processo de resfriamento que ele faz acaba diminuindo a umidade do ar do ambiente e fazendo com que ele fique mais seco. Por sua vez, isso acaba deixando mais fácil a manifestação de doenças, especialmente as respiratórias.

Até porque, o ar seco estimula a produção de secreções nasais e isso cria um ambiente propício para as infecções causadas por vírus e bactérias. Como se isso não bastasse, por várias vezes eles causam incômodos no nariz e na garganta.

Quando uma pessoa fica exposta ao ar-condicionado por muito tempo, isso favorece o ressecamento da pele por conta da perda de oleosidade natural, o que pode resultar em quadros de dermatite.

Se mesmo assim a pessoa quiser ou precisar ficar com o ar-condicionado ligado a noite toda é recomendável que ela use um umidificador de ar junto no mesmo ambiente.

Deixando ambiente mais fresco

Revista Crescer

Além dele, outras coisas podem ser feitas para deixar o ambiente mais fresco. Como por exemplo:

dar preferência para os LEDs na iluminação do ambiente e evitar a iluminação artificial quente;

colocar plantas no ambiente porque elas são excelentes ajudantes na regulação da temperatura;

usar um ventilador-condicionado. Para isso, colocar blocos de gelo grandes em vasilhas ou panelas em frente do ventilador para o ar soprado ser mais fresco;

deixar as portas e janelas abertas para a ventilação ser mais fácil;

tentar impedir que o sol entre no ambiente para que fique ainda mais quente;

no decorrer do dia, espalhar toalhas molhadas e bacias de água pelo ambiente para umedecer o ar seco. Contudo, evite isso à noite para que a presença de fungos e ácaros não fique maior.

Ar-condicionado

WebArcondicionado

Por mais que o ar-condicionado tenha o objetivo de deixar o ambiente mais fresco por conta do calor externo, esse aparelho pode ser a causa para o aumento das temperaturas.

De acordo com um estudo europeu, o calor gerado pelas casas com ar-condicionado pode aquecer a atmosfera de uma cidade em mais de 2° C. Isso gerou um grande debate público depois que a deputada francesa Mathilde Panot mostrou os resultados do estudo durante uma entrevista. Ela usou dados desse estudo publicado em 2020 baseado em algumas cidades, dentre elas, Paris.

Conforme pontua o estudo, esses aumentos de temperatura provocados pela tecnologia “dependem da hora do dia e das características da onda de calor, principalmente da sua intensidade”. E as previsões foram modeladas pelos pesquisadores com uma onda de calor em 2003 que matou mais de 14 mil pessoas na França.

Baseando-se nisso, os pesquisadores descobriram que depois de “nove dias de uma onda de calor semelhante à de 2003”, o uso frequente do ar-condicionado pelas pessoas iria aumentar a temperatura do ar “em até 2,4°C”.

Isso acontece porque, de acordo com o Euronews, os aparelhos de ar-condicionado funcionam como se fossem uma bomba de calor. Ou seja, eles resfriam o ambiente, mas liberam o ar quente para fora. Além disso, eles também liberam gases nocivos que aquecem a Terra.

Infelizmente, o uso do ar-condicionado não é o único fator que tem aumentado as temperaturas no mundo todo. E de acordo com um estudo feito pela Universidade Britânica de Exeter, a temperatura da superfície do planeta está caminhando para ter um aumento de 2,7° Celsius até 2100 com relação à era pré-industrial. Por conta desse aumento, dois bilhões de pessoas enfrentarão um calor nunca antes visto.

Conforme pontuaram os autores, esse estudo é um dos raros que mostra o custo humano e reforça a urgência climática. Isso porque, normalmente, os estudos mostram outros pontos, como por exemplo, prejuízos financeiros. No entanto, esse focou no número de pessoas que será afetado com esse calor extremo.

“Precisaremos de uma remodelagem profunda da habitabilidade da superfície do planeta, o que poderia resultar potencialmente em uma reorganização em grande escala dos lugares onde as pessoas vivem”, afirmou Tim Lenton, líder do estudo.

Ainda de acordo com o estudo, os países que mais irão sofrer são Índia, Nigéria e Indonésia. Esses países irão enfrentar um aumento de temperatura tão grande que pode acabar colocando a vida dos seus habitantes em risco.

Entretanto, conforme aponta Lenton, se o aquecimento global for limitado em 1,5° C, que era o objetivo do Acordo de Paris de 2015, a quantidade de pessoas que será exposta a um calor extremo iria diminuir e ser menos de meio bilhão. “Para cada acréscimo de 0,1°C acima dos níveis atuais, são 140 milhões de pessoas a mais que sofrerão com um calor perigoso”, pontuou ele.

O aquecimento da Terra atual é de aproximadamente 1,2° C por conta da atividade humana, especialmente pelo uso de combustíveis fósseis, como o carvão, o petróleo e o gás. Com essa temperatura já é possível sentir as consequências com as ondas de calor, que estão cada vez mais extremas, além dos incêndios florestais, das secas e de mais outras coisas.

O estudo estipulou o parâmetro de “calor mortal” com a média anual de 29°C. Os riscos vão ficando maiores em locais perto da linha do Equador que, mesmo com um calor menos extremo, a umidade impede que o corpo se refresque através da transpiração.

Fonte: VivaBem, Olhar digital

Imagens: Revista Crescer, WebArcondicionado

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