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Filme sobre crocodilo assassino faz sucesso entre os críticos

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Parece que nos últimos anos, a indústria do entretenimento tem se apoiado na monetização da nostalgia mais do que nunca. As décadas de 1980 e 1990 têm inspirado séries populares, como Stranger Things, Dark e até alguns episódios de Black Mirror. No cinema, não é diferente. Capitã Marvel, Viúva Negra e Mulher-Maravilha 1984 são outros casos. Além das referências implícitas, existem também adaptações diretas de obras populares desses anos. A Disney, por exemplo, tem apostado alto nas versões live-action de suas clássicas animações. E enquanto a Casa do Mickey Mouse transforma os queridinhos do público em novos espetáculos visuais, outros estúdios também se inspiram em filmes de épocas passadas e ainda adicionam um crocodilo aqui ou ali.

Crawl é o mais recente thriller da Paramount Pictures. O filme é dirigido por Alexandre Aja e mesmo tendo como base um enredo já familiar ao público, tem recebido excelentes críticas. O longa percorreu uma direção contrária. Ao invés de se apoiar em uma produção de sucesso, ele ressignificou as marginalizadas narrativas das feras assassinas. O filme é protagonizado por Kaya Scodelario, que interpreta Haley, uma jovem nadadora competitiva. Ao procurar seu pai, Dave, a personagem se vê presa em uma casa na Flórida durante um furacão de categoria 5. Ao investigar os cômodos da residência alagada, Haley dá de cara com um crocodilo.

Durante seus 87 minutos de duração, a produção explora a relação conturbada entre Haley e Dave. Ao mesmo tempo em que somos apresentados a um drama familiar, essa é nossa menor preocupação. Afinal, para a resolução de conflitos, nada melhor que ser perseguido por um réptil mortal. Crawl não faz cerimônia e apresenta todo horror e suspense que se espera ver nesse gênero de filme. Em tempos de épicos filmes de super-heróis, que têm três horas de duração, quebram bilheterias e até são relançados, o longa de Aja não parece normal a Hollywood. Porém, um golpe de sorte do destino permitiu o lançamento de Crawl. Filme cuja premissa simples, é extremamente atrativa.

Doses certas de suspense

Além da narrativa acessível, o filme do crocodilo assassino tem chamado a atenção dos críticos também no ponto de vista visual. Crawl é fantasticamente claustrofóbico. Possui cenas quase apocalípticas e retrata uma tempestade aterrorizante de forma magistral. Mesmo que seu roteiro pareça básico, a produção admiravelmente mostra o complexo dilema dos heróis. Além de expor como eles podem alcançar sua pior versão. Apreendemos com Game of Thrones que CGI não é algo barato, ainda mais quando se trata de reptilianos. Todavia, mesmo contando com um orçamento limitado por treze milhões de dólares, a produção conseguiu investir de forma inteligente em Crawl, complementando com criatividade.

Obviamente, o filme não estará na lista de indicados ao Oscar, mas isso não é motivo para desmerecimento. O longa cumpriu sua missão de restaurar a reputação dos thrillers de predadores. Crawl se tornou a melhor produção de répteis gigantes desde Morte Súbita, em 2007. De acordo com o CBR, o diferencial de Crawl é que não é o tipo de filme que você acha que precisa ver, mas depois que o faz, se pergunta o porquê de não tê-lo feito antes. Sem contar que o longa remete a sensação de estar assistindo um VHS locado despretensiosamente para curtir o fim de semana. E como já vimos aqui, a nostalgia se tornou lucro mas, na verdade, ela é impagável.

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