História

Túmulos antigos egípcios realmente tem armadilhas?

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Se você é um fã de filmes de aventura ao estilo da franquia estadunidense criada pelo cineasta George Lucas, baseada nas aventuras do personagem Indiana Jones, muito provavelmente você já deve ter visto alguma cena onde túmulos egípcios antigos escondem diversas armadilhas para aqueles que ousam invadi-las.

Na verdade, essa ideia é muito comum em muitos outros filmes e livros para além das aventuras de Indiana Jones. Assim, uma série de perigosas armadilhas, enigmas e quebra-cabeças estão sempre dispostos, muitas vezes a fim de proteger algum tesouro escondido ou como consequência de alguma maldição ancestral.

A ideia de superar uma armadilha mortífera é empolgante. O que poderia facilmente motivar muitas pessoas a arrumarem as malas, comprar um chapéu estiloso, renovar seus passaportes e comprar passagens com destino ao Cairo, no Egito. No entanto, uma nuvem de desapontamento poderia pairar sobre o céu desses aventureiros.

Assim como muitas outras coisas que vemos nos filmes, o conceito de armadilhas em túmulos egípcios tem em suas raízes alguma fundamentação na realidade. Entretanto, substancialmente menos encantadora. Isso porque pêndulos e lâminas gigantes nos corredores, que poderiam dividir ao meio aqueles que se arriscam a atravessá-los, e poços sem fundo simplesmente não existem.

Muitos desses equívocos se originaram em histórias sensacionalistas do início do século XX. Entre elas os primeiros relatos sobre a escavação do túmulo de Tutancâmon. Onde nasceu a suposta maldição em torno daqueles que o descobriram.

Armadilhas perigosas?

O que de fato aconteceu é que os arqueólogos ao invés de ”sobrenaturalmente amaldiçoados”, foram ”expostos a doenças e coisas que a medicina e os serviços de emergência não estavam prontos para lidar naquele momento.”

Em suma, histórias sobre magia e defesas mortais para proteger reis egípcios mortos persistiram. Muito disso graças a nomes famosos dando credibilidade a elas. Arthur Conan Doyle, autor das histórias de Sherlock Holmes é um dos nomes que pode ser citado por ajudar a fomentar tais ideias.

Desmontando a glamourosa luz das produções cinematográficas e do imaginário literário, a crua realidade pode não ser tão satisfatória. A verdade é que a coisa mais próxima de uma armadilha funcional encontrada em uma tumba egípcia foi uma sala descoberta em 2000 por Zahi Hawass.

Na época, o Los Angeles Times preparou uma reportagem especial sobre a descoberta. Sendo esta uma área revestida com uma camada de cerca de 60 cm de um pó amarelo que causou fortes náuseas na equipe de Hawass.

Muito se especulou se a “armadilha” foi ali incorporada intencionalmente por aqueles que projetaram a cripta para impedir a entrada e invasores. Entretanto, se de fato sua arquitetura tinha essa finalidade, ela era menos eficaz e, sem dúvidas, estava muito aquém do padrão estabelecido pelas produções hollywoodianas. Afinal, morrer de vomitar não seria tão divertido quanto fugir de uma pedra rolante gigantesca, não é mesmo?

Então pessoal, o que acharam da matéria? Já se imaginaram participando de uma expedição por tumbas e lugares perigosos como nas aventuras exibidas nos filmes e livros? Deixem nos comentários a sua opinião e não esqueçam de compartilhar com amigos.

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