Curiosidades

Gêmeos idênticos parecem ter uma assinatura química escondida em seus DNAs

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Ser gêmeo sempre gera uma curiosidade por si só nas pessoas. Eles podem ser univitelinos ou bivitelinos. Os univitelinos se desenvolvem a partir de um mesmo óvulo, que foi fecundado por um único espermatozoide. Portanto, eles serão gêmeos idênticos. Se forem bivitelinos, quer dizer que dois óvulos diferentes foram fecundados por dois espermatozoides diferentes. Ou seja, eles vão ser parecidos como outros irmãos, que não são gêmeos, se parecem, mas não serão idênticos.

Os gêmeos idênticos se originam de um óvulo que se divide dando origem a dois embriões. Contudo, no desenvolvimento, um “gêmeo” pode desaparecer e apenas um bebê nascer.

Um novo estudo sugere que o DNA das pessoas pode revelar se elas começaram no útero como gêmeos e o outro bebê tenha desaparecido bem antes do momento de nascer.

Estudo

Nesse estudo, os pesquisadores analisaram as chamadas modificações epigenéticas encontradas no DNA gêmeo. Esse termo se refere a fatores que podem ativar ou desativar genes sem alterar sua sequência de DNA subjacente.

Segundo o novo estudo, o DNA de gêmeos idêntico vem com um padrão característico de grupos de metil pegajosos. Esse padrão é visto em 834 genes. E pode ser suado para fazer essa diferença entre gêmeos idênticos, não idênticos e não gêmeos.

Se baseando nesses resultados, os pesquisadores desenvolveram um algoritmo de computador que pode identificar, de forma segura, um gêmeo idêntico com base somente na localização do grupos metil no seu DNA.

Teoricamente, essa ferramenta também conseguiria detectar se uma pessoa teve um gêmeo desaparecido. Contudo, esse novo estudo ainda não testou essa ideia.

“Essencialmente, esse padrão de grupo metil é como se fosse uma ‘cicatriz molecular’ remanescente do desenvolvimento embrionário inicial de gêmeos idênticos. Os autores descobriram uma assinatura epigenética de geminação monozigótica, ou seja, geminação que se origina de um único óvulo fertilizado, ou zigoto”, explicou Robert Waterland, professor de pediatria e genética do Baylor College of Medicine que não esteve envolvido no novo estudo.

DNA

Esses genes revestidos com esses grupos metil tem vários papéis no desenvolvimento, crescimento e adesão celular. Isso significa que eles ajudam as células a se unirem. No entanto, ainda não está claro como esses genes metilados podem influenciar o crescimento, desenvolvimento ou saúde de gêmeos idênticos.

O objetivo dos pesquisadores investigando essas cicatrizes do desenvolvimento inicial era entender melhor porque a geminação idêntica acontece em primeiro lugar. Se sabe que o zigoto se divide em um determinado ponto. Mas é um mistério saber o motivo de essa divisão acontecer às vezes.

“O estudo foi impulsionado pelo fato de que sabíamos muito pouco sobre o motivo do surgimento de gêmeos monozigóticos”, disse a primeira autora Jenny van Dongen, professora assistente do Departamento de Psicologia Biológica da Universidade Vrije (VU) de Amsterdã.

Gêmeos

Se estima que 12% das gestações humanas começam como sendo múltiplas. Contudo, menos de 2% chegam dessa forma no final. Isso significa que o restante resulta no chamado gêmeo desaparecido.

“É realmente um mistério na biologia do desenvolvimento”, disse a autora sênior Dorret Boomsma, professora do Departamento de Psicologia Biológica da VU Amsterdam.

Mesmo com o estudo feito, ainda não está claro qual efeito exato que esses grupos metil tem na expressão do gene. Ou seja, em sua ativação ou desativação. Ou então se o padrão de metilação representa uma causa, efeito ou subproduto de geminação idêntica.

“Para realmente entender as etapas exatas que ocorrem no início do desenvolvimento embrionário que levam à formação de gêmeos monozigóticos, realmente precisamos de estudos funcionais”, ressaltou van Dongen.

Agora, os pesquisadores planejam fazer estudos usando modelos animais e células humanas em laboratório.

Fonte: https://www.sciencealert.com/all-identical-twins-may-share-epigenetic-markers-on-their-dna

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