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Inglesa traz ao mundo gêmeos que foram concebidos com três semanas de intervalo

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O caso que iremos contar aqui é aqueles que cabem em raras estatísticas – naquelas de um em um milhão, sabe? E por se enquadrar exatamente neste cenário, o caso, como era de esperar, acabou se tornando manchete em inúmeros meios de comunicação internacionais. Mas o que, afinal, pode ser raro, e ao mesmo tempo impressionante, de forma que atraia dessa forma a atenção da mídia? Duas dicas: gravidez de gêmeos.

Conforme revelou uma recente reportagem do portal de notícias LiveScience, uma mulher na Inglaterra engravidou enquanto estava grávida. Isso mesmo. A inglesa, de acordo com as informações que foram disponibilizadas pela reportagem do portal, dando à luz gêmeos concebidos com três semanas de intervalo.

O caso dos gêmeos

Como todos nós sabemos, quando uma mulher fica grávida, o corpo, normalmente, interrompe a produção de óvulos. Mas, como mostramos no início da matéria, existem casos raros e é exatamente aqui que entra a nossa personagem.

O que aconteceu com a inglesa é que, mesmo tendo engravidado, seu corpo continuou a produzir e liberar uma certa quantidade de óvulos. E um deles acabou sendo fecundado. O raro fenômeno é conhecido como superfetação.

Os gêmeos, nesse ínterim, foram concebidos com três semanas de intervalo. A mãe, Rebecca Roberts, tinha 39 anos e engravidou pela primeira vez no ano passado, após uma série de tentativas.

Os médicos que acompanharam o caso de Roberts descobriram o segundo feto na 12ª semana de gestação, por meio de uma ultrassom. O bebê, em relação ao desenvolvimento, era bem diferente em comparação ao primeiro.

Por ser um fenômeno raro, os especialistas, a princípio, não conseguiram explicar o motivo que provocou a diferença de tamanho entre os dois bebês.

“Minha reação inicial foi: como eu não notei a presença do segundo feto…”, disse o Dr. David Walker, ginecologista obstetra do Royal United Hospital, em Bath, Inglaterra, em entrevista ao Good Morning America.

“Depois que lembrei que o caso poderia ser uma superfetação, eu fiquei um pouco aliviado, afinal, eu não havia cometido nenhum erro. Fiquei feliz em saber que estava acompanhando uma gravidez bastante extraordinária”.

Panorama

Após diagnosticarem a superfetação, os médicos informaram à Roberts que o bebê mais novo poderia não sobreviver. Em setembro passado, quando a inglesa completou 33 semanas de gravidez, a equipe médica decidiu induzir o parto porque a gêmea mais nova, Rosalie, parou de crescer devido a problemas no cordão umbilical.

Os gêmeos, felizmente, nasceram saudáveis. O mais velho, Noah, ficou em uma unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) por três semanas, e Rosalie por 95 dias. Ambos, agora, estão em casa.

“Quando os colocamos um ao lado do outro, percebemos como eles se reconheciam. Eles estendiam as mãos para se tocarem. Foi a coisa mais linda de se ver”, disse Roberts ao Good Morning America.

“Gêmeos têm um vínculo incrível, mas a história entre esses dois é diferente, né? Quando eles forem maiores, vão entender o quanto são especiais”.

Superfetação

De acordo com a reportagem do portal LiveScience, não se sabe exatamente quantos casos de superfetação ocorrem anualmente. Além disso, muitos casos podem passar despercebidos porque os fetos, na maioria das vezes, não apresentam tanta diferença. De acordo com a Healthline, os casos mais conhecidos de superfetação envolvem pacientes que usaram técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro.

Ainda de acordo com a Healthline, o fenômeno, independente das estatísticas, sempre será “considerado extremamente raro, porque, basicamente, envolve três: ovulação (que geralmente é interrompida pelos hormônios da gravidez), fertilização (que geralmente é interrompida no início da gravidez quando um tampão de muco se forma para impedir a passagem do esperma pelo colo do útero) e implantação (que requer espaço suficiente para outro embrião no útero, além de hormônios que normalmente não seriam liberados quando a pessoa já estivesse grávida)”.

Curiosamente, a superfetação é comum em alguns animais, como, por exemplo, nos peixes.

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