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Há 15 anos, italiano recebe salário para ficar em casa

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Todos nós sabemos que tirar um dia de folga do trabalho ajuda a recarregar as energias. Uma folguinha é, para muitos, um presente de Deus, principalmente dependendo do setor em que se trabalha, como, por exemplo, um hospital, onde muitos profissionais dedicam horas e horas a fio. Bom, de todas as formas, o essencial é descansar para, em seguida, voltar ao trabalho e, novamente, dedicar-se com afinco. No entanto, entre um descanso e outro, há quem faça de tudo para encontrar uma maneira de burlar o sistema para transformar a folga em eternas férias. Salvatore Scumace é uma dessas pessoas.

O italiano, que trabalhava em um hospital na cidade calabresa de Catanzaro, depois de tirar uns dias de descanso, nunca mais retornou à instituição. Schumacher faltou ao trabalho por exatos 15 anos. De acordo com uma reportagem publicada pelo The Guardian, o sujeito encontrou uma maneira de se ausentar do ambiente de trabalho desde 2005. O curioso aqui é que, enquanto esteve ausente, Scumace recebeu seu salário normalmente. Ao longo de todo o tempo em que esteve usufruindo do conforto de sua casa, o italiano recebeu aproximadamente $ 648.000.

O caso do italiano

Por conta do eterno descanso, Scumace passou a ser chamado de o “Rei do Absenteísmo”. O italiano trabalhava no Hospital Arnaldo Pugliese Ciaccio como segurança e só foi descoberto pelas autoridades competentes, por conta das leis trabalhistas que entraram em vigor em 2016. À data, as leis foram criadas para combater o absentismo civil desenfreado no setor público do país.

Assim que entraram em vigor, as autoridades tiveram a oportunidade de realizar uma série de investigações de forma legal. Em meio as tais investigações, descobriu-se que Scumace fazia parte de uma série de trabalhadores civis que aderiram ao regime “Part Time” – em português, meio período. Esses trabalhadores abraçaram o regime de meio período com a ajuda de outros empregadores.

Scumace, por exemplo, havia sido contratado por pelo menos seis administradores do mesmo hospital. As contratações, em linhas gerais, eram prova de que o sujeito dedicava-se mais horas em seu expediente de trabalho do que o normal, o que, consequentemente, lhe dava direito a folgas extras. Como os empregadores estavam envolvidos no esquema, nenhum deletou Scumace às autoridades.

Obviamente, ao longo do tempo, a chefia do hospital passou por mudanças, até que um dos administradores decidiu denunciar o esquema. O italiano, com isso, acabou sendo demitido.

O desenrolar

Embora os seis administradores do hospital implicados no esquema ainda não tenham sido condenados por ter promovido uma atividade criminosa, todos foram detidos. Scumace foi acusado de falsificação, abuso de cargo e extorsão agravada.

As leis que foram estabelecidas em 2016 revelaram no ano seguinte que 35 trabalhadores da prefeitura de Sanremo participavam do mesmo esquema de Scumace. Todos os 35 funcionários públicos trapacearam o sistema e, com isso, conseguiram pelo menos dois anos de ‘férias remuneradas’.

Os administradores que assumiram a direção da prefeitura achavam que os funcionários estavam no escritório, mas com a operação policial, descobriu-se que muitos passavam o dia fazendo compras, passeando de canoa ou apenas socializando com seus amigos.

Um desses trabalhadores era um policial de trânsito. O indivíduo, que morava no mesmo prédio em que trabalhava, chegou a ser filmado entrando no trabalho de cueca para bater o ponto.

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