Ciência e Tecnologia

Facebook perde usuários ativos diários pela primeira vez

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Nem tudo dura para sempre, mas quando alguns impérios caem, é algo alarmante. Um império que se manteve firme desde que foi introduzido no mercado, aumentando cada vez mais seu alcance e uso é a rede social Facebook, criado em fevereiro de 2004.

No entanto, as ações da Meta, controladora do Facebook, despencaram logo depois que a gigante da internet divulgou os resultados de uma pesquisa financeira e de desempenho nos próximos meses. Nela, ficou claro que o desempenho da rede social seria mais fraco.

Isso porque a rede social passou por algo que nunca aconteceu antes: ela perdeu cerca de 500 mil usuários ativos diários em todo o mundo. Assim, isso aconteceu no último trimestre de 2021. Mas, não se engane, ainda são 1,929 bilhão de pessoas que usam o aplicativo. Nos três meses anteriores, o número foi de 1,930 bilhão. Sendo assim, foi a primeira queda de usuários diários desde o lançamento da empresa, em 2004.

Os locais com maior queda de usuários ativos diários foi na África e na América Latina, sendo que a queda foi menos expressiva nos Estados Unidos e no Canadá. Contudo, um dado interessante é que os números cresceram na Europa e na Ásia. Já o número de usuários ativos por mês se manteve firme em 2,91 bilhões no quarto trimestre.

Zuckerberg, em seu anúncio dos resultados da pesquisa, disse, “as pessoas têm muitas escolhas sobre como querem gastar seu tempo e apps como o TikTok estão crescendo muito rapidamente. E é por isso que o nosso foco nos Reels [vídeos curtos no Instagram] é tão importante no longo prazo.”

Queda nas ações

A gigante do ramo da tecnologia já está esperando um crescimento lento na receita do primeiro trimestre de 2022. Assim, a Meta indicou que a receita deverá ficar abaixo das expectativas dos analistas, com a previsão de que o faturamento de janeiro a março seja de US$ 27 bilhões. A previsão dos analistas era de US$ 30,15 bilhões, segundo dados da Refinitiv.

Dessa forma, depois da divulgação dos resultados, as ações da Meta caíram mais de 20% nas negociações no aftermarket de quinta-feira (2) na bolsa de Nova Iorque. Um dos possíveis motivos dessa queda de desempenho é a alteração da Apple para melhorar a privacidade de usuários do iOS. Para uma empresa que lucra à medida que consegue mais dados de cada usuário, como o Facebook, isso é péssimo.

Ano turbulento

Frances Haugen e Mark Zuckerberg

REUTERS/Leah Millis e Drew Angerer/Pool

Além desses motivos, o Facebook se envolveu em uma série de polêmicas no último ano. Entre eles, o escândalo dos “Facebook papers”, quando os documentos internos foram vazados. Na ocasião, Frances Haugen, ex-funcionária da empresa, responsável pelo vazamento, testemunhou ao Senado dos Estados Unidos. Assim, ela declarou que a empresa “coloca o lucro acima da segurança do usuário”

“O Facebook percebeu que se mudar o algoritmo para ser mais seguro, as pessoas vão passar menos tempo no site, vão clicar em menos anúncios, e eles vão ganhar menos dinheiro”, disse ela aos parlamentares americanos.

Como resposta, o Facebook negou as alegações de Haugen e defendeu que a ex-funcionária “tirou de contexto” os documentos apresentados para promover um “retrato infiel”. Outro processo que está sendo enfrentado atualmente é o processo antimonopólio nos Estados Unidos, movido pela comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC). Nele, há a alegação de que a empresa construiu um monopólio ilegal ao comprar concorrentes como o Instagram e o WhatsApp.

Fonte: G1

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