Curiosidades

A história da cozinheira que infectou dezenas de pessoas com uma doença mortal

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Você já deve ter ouvido falar a palavra “tifóide”, né? Se não, talvez tenha ouvido falar da “febre tifóide”. Esse é o nome da doença espalhada por Maria Tifóide, considerada a mulher mais perigosa da América. Ela infectou mais de 50 pessoas com essa doença enquanto atuava como cozinheira. O seu caso mostrou que uma pessoa pode ser perigosa para a sociedade sem nem mesmo desconfiar. Isso quer dizer que os sintomas podem ser imperceptíveis. Maria foi responsável por contaminar dezenas de pessoas com essa doença mortal no século passado. Sua história foi contada diversas vezes e ela entrou para a história de uma forma nada legal.

Mary Mallon nasceu em 1869, nos distritos pobres da Irlanda do Norte. Aos 15 anos, emigrou para os Estados Unidos em busca de melhorias. Passando um tempo, começou a trabalhar como cozinheira para famílias ricas. Mary era uma ótima cozinheira e seus chefes não tinham motivo algum para reclamar do seu serviço. Entre 1900 e 1907, a cozinheira trabalhou em sete famílias diferentes. Duas semanas após iniciar o seu trabalho na pequena cidade de Mamaronek, os primeiros pacientes com febre tifóide apareceram. Mary mudou-se para Manhattan, mas a família onde trabalhava ficou doente com febre e diarreia. A febre tifóide infectou 7 das 8 pessoas e 10 das 11 da casa seguinte.

Durante muito tempo, Mary ajudou a cuidar dos doentes, sem imaginar que ela estava prejudicando-os mais. Ela passou por outras três famílias e, em todas a situação se repetiu. Os problemas de Mary surgiram na casa de um banqueiro de Nova York chamado Charles Warren. Warren alugou uma bela casa em Long Island, próxima a casa branca de verão de Theodore Roosevelt. Ele levou consigo Mary para trabalhar como cozinheira. No local, 6 pessoas tiveram febre tifóide e a sociedade se chocou. A doença era considerada uma doença das favelas, e pobreza não fazia parte o lugar. O dono da casa temia a doença e assim contratou o inspetor sanitário George Sopera, pois precisava descobrir a causa da doença.

Sorvete de pêssego insidioso

O médico examinou o suprimento de água, depois estudou os moluscos que foram servidos à mesa. Assim, descobriu-se que nada disso seria capaz de provocar a doença. As suspeitas recaíam sobre Mary, mas como toda a comida era submetida a tratamento térmico, ela não conseguia conter as bactérias tifóides. Souberam então que ela servia sorvete de pêssego na mesa. Soper estava convencido de que ela era a portadora da doença. Na época, foi uma descoberta brilhante, pois ninguém suspeitava que uma pessoa saudável poderia ser uma fonte de infecção.

Para confirmar a sua teoria e evitar a disseminação da infecção, o responsável pelo estudo foi em busca dos irlandeses. Mary constantemente mudava de emprego, mudando de uma casa para outra e não deixando nenhum endereço. Sendo assim, Soper não conseguiu encontrá-la por muito tempo. Ele descobriu isso somente após a segunda morte pela febre. Desta vez, Mary contaminou uma criança de uma família rica.

Captura de Mary

Soper procurou Mary, que trabalhava como cozinheira para uma família, e tentou convencê-la da necessidade de passar nos testes. No entanto, ela recusou e chegou a atacá-lo com um garfo de cozinha. Soper foi forçado a fugir mas depois de um tempo retornou, acompanhado de um médico. Mary expulsou os dois. Eles conseguiram pegá-la com a ajuda de cinco policiais. Mary estava convencida de que estava sendo perseguida de forma ilegal, embora não tivesse feito nada de errado. Segundo o médico que a capturou, sentar-se com ela na ambulância era como estar em uma gaiola com um leão bravo. Os testes confirmaram as bactérias em sua vesícula biliar. Durante o interrogatório, descobriu-se que a mulher raramente lavava suas mãos antes de cozinhar.

Primeira conclusão na ilha

A mulher ficou isolada por três anos na ilha de North Broter. A única coisa viva que morava por lá era um cachorro. Mary, depois de anos, processou as autoridades de saúde por transformá-la em leprosa. No entanto, o processo não foi julgado a seu favor. Os resultados dos testes que ela enviou a um laboratório particular não mostravam sinais da doença, o que a deixou mais indignada. Após três anos, Mary foi liberada com a condição de que não iria mais trabalhar como cozinheira. Em um esforço para se libertar, ela concordou. No começo, conseguiu um emprego como lavadeira. Ela saiu por pagar pouco, então mudou seu nome e passou a trabalhar como cozinheira. Ela passou cinco anos livre, espalhando a doença e morte até chegar à maternidade. Depois de 25 contaminações e duas mortes, Mallon foi capturada e colocada sob custódia novamente.

Segunda e última conclusão

Após um ataque, que aconteceu com Mary em 1932, ela passou 6 anos no hospital abandonado “Riverside”, ilha de North Broter. A última conclusão na ilha durou até a morte. Após um tempo, a mulher foi autorizada a trabalhar como enfermeira e lavar tubos em um hospital onde os pacientes tratavam tuberculose. Ela se tornou um tipo de celebridade e os jornalistas iam ao local para visitá-la. Não era possível tomar sequer um copo com água vindo de suas mãos. Ela morreu em 1938, com pneumonia. Ainda não se sabe quantas vítimas exatamente ela contaminou, pois trabalhou em diversas casas. Estima-se que foram cerca de 50, mas estudos afirmam terem sido 122, onde 5 morreram.

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