Curiosidades

7 vezes em que descobrimos coisas que não existem

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A história humana é cercada por inúmeras descobertas, não é? Mesmo que ainda não saibamos de muita coisa, há hoje um rigor científico mais apurado para perceber o que é ou não verídico. Isso não significa dizer que nós não cometamos equívocos ao longo do percurso. Acredite se quiser, mas muitas pessoas já tiveram a absoluta certeza de ter descoberto coisas que mais tarde se mostraram falsas ou no mínimo ilusórias. Dentre as tais “descobertas”, podemos elencar: criaturas mitológicas, espécies de dinossauros, luas, ilhas ou mesmo elementos químicos. Acompanhe a lista para entender 7 vezes que “descobrimos” coisas que não existem.

De fato, existem coisas que acreditamos serem auto-evidentes, até mesmo cientificamente comprovadas, mas que nada mais são do que fantasias cunhadas pela imaginação popular. Até mesmo as “autoridades” interpretam informações de maneira equivocada, passam adiante e aceitam-nas como verdadeiras durante algum tempo. Vamos à lista:

1. Coronium

Charles Augustus Young e William Harkness analisaram uma espécie de linha verde ao redor do Sol durante determinado eclipse solar, em 1869. Os dois cientistas, de maneira independente, consideraram o fenômeno como um elemento químico não descoberto.

A existência do coronium foi refutada na década de 1930, quando Walter Grotrian e Bengt Edlen relataram que a linha verde era na verdade causada por outra circunstância. De acordo com eles, na verdade, tudo não passava do efeito causado pelo ferro altamente carregado.

2. Quíron

O astrônomo alemão Hermann Goldschmidt anunciou, em 1861, a “descoberta” da nona lua de Saturno. Outros especialistas refutaram a existência de Quíron ao analisarem com mais afinco o pequeno corpo orbitando entre Saturno e Urano. No fim das contas, era exatamente isso mesmo: um pequeno corpo orbitando entre dois planetas e nada mais. No entanto, o equívoco gerou um conhecimento mais qualificado sobre a verdadeira nona lua de Saturno. Phoebe foi descoberta por William Henry Pickering depois de analisar as observações que Goldschmidt fez durante sua “descoberta” de Quíron.

3. Memória fotográfica

A ideia de certas pessoas terem memória fotográfica, ou a capacidade de recordar perfeitamente uma informação visual, existe há muito tempo. Infelizmente, todos as apurações científicas falharam em comprovar a existência concreta da teoria. O que temos de mais próximo é a memória eidética, que é o fenômeno de permanecer com certo tipo de imagem mental por um curto período de tempo. Entre 2% e 15% das crianças, geralmente possuem esse tipo de memória, mas seu domínio se esvai com a idade. Essa é uma das  7 vezes que “descobrimos” coisas que não existem.

4. Pinguim da Ilha Hunter

Em 1983, cientistas encontraram os fragmentos ósseos de uma “nova espécie” de pinguim que viveu em uma ilha na costa da Tasmânia. Havia fortes indícios de que o “pinguim da Ilha Hunter” era uma espécie extinta há cerca de 800 anos. No entanto, testes modernos de DNA reavaliaram o resultado das análises. Ficou provado que o DNA dos fragmentos correspondia ao de três tipos de pinguins, cujas espécies estão vivíssimas e sem ameaça de extinção. Frustrante, não?

5. Ilha de Buss, Atlântico Norte

A descoberta da Ilha de Buss é frequentemente creditada ao explorador Martin Frobisher, embora a priori esta tenha sido descoberta pelo capitão James Newton, em 1578. Curiosamente, outros navios passavam regularmente pela área e nenhum deles havia visto a bendita península. Ninguém teve a audácia de questionar a localização exata e, dessa forma, os cartógrafos acabaram acrescentando a descoberta nos seus mapas.

A ilha de Buss foi finalmente catalogada como “fantasma” a partir do século XVIII. Houve sugestões de que poderia ter a afundado em razão de atividades vulcânicas no Atlântico Norte, mas a verdade é que nenhuma ilha havia afundado por lá. James Newton teve uma miragem? Essa é uma das 7 vezes que “descobrimos” coisas que não existem.

6. Nebulium

Em 1864, William Huggins anunciou que havia descoberto um novo elemento: o nebulium. Com o uso de um espectroscópio, o cientista aparentemente identificou a emissão de dois tons de verde ao separar a luz da nebulosa. A existência do nebulium foi refutada em 1927, quando Ira Bowen determinou que o elemento não passava de oxigênio.

7. Íon sulfeto

A existência de uma substância usada durante décadas nos cálculos de química está agora sendo refutada. Isso compromete uma ampla variedade de pesquisas que se basearam nela. Cientistas da Universidade da Austrália Ocidental dizem que não há evidência de que o íon sulfeto, dissolvido em solução aquosa, exista de fato. Eles descobriram a contradição enquanto estavam fazendo pesquisas sobre sulfetos metálicos. Os de “íons sulfeto” chamaram a atenção dos pesquisadores por conseguirem detectá-los como o esperado.

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