Relacionamentos são complicados e imprevisíveis. Nunca sabemos ou imaginamos o que as pessoas são capazes de fazer em momentos de raiva com a outra pessoa que ela diz amar. O que aconteceu com Daniel Rotariu, de 35 anos, chocou todos.
Em julho de 2016, a ex-namorada do homem, Katie Leong, o atacou enquanto ele dormia com ácido. É claro que a vida de Daniel mudou completamente depois do ataque. Não só porque 96% da sua pele tinha sido queimada, mas também porque ele ficou completamente cego.
Daniel não conseguiu arrumar um trabalho até hoje, mas um evento lhe devolveu a esperança, o nascimento do seu filho. O homem pensou que nunca iria encontrar o amor de novo, principalmente por causa de sua aparência que incomoda e assusta várias pessoas.
“Dois anos atrás, eu estava no hospital e passei meu aniversário com os médicos e enfermeiros. Naquela época, por causa da minha aparência e da minha cegueira, nunca pensei que encontraria alguém que me amasse e gostaria de ter uma família comigo”, comentou em seu aniversário de 33 anos.
Recomeço
Em 2017, a vida de Daniel começou a mudar. “Recebi alta em janeiro de 2017. Foi muito tempo. Eles me levaram para uma área especial onde Anna cuidou de mim . Desde fevereiro daquele ano estamos juntos. Por causa do seu trabalho, não pudemos nos ver muito, então depois de alguns meses juntos fomos morar juntos. Estamos felizes”, explica.
O casal até iria se casar em 2018, mas Anna ficou grávida do pequeno David, de quatro meses. Daniel conta que o filho é sua alegria e que ele consegue trocar as fraldas do filho.E desde sua recuperação a vida foi difícil, mas aos poucos ele está reconquistando sua independência.
“As pessoas me perguntam como eu faço e eu digo a elas: Eu não me preocupo, desde que eu possa ir ao banheiro para urinar. Para o outro é mais complicado”, ressalta.
Justiça
A ex-namorada de Daniel foi condenada a 17 anos de prisão, mas o homem quer também processar a polícia, já que os policiais sabiam do possível ataque. “Eles receberam informações de que Katie havia comprado ácido, mas decidiram ignorá-lo. Eu estou vivendo em uma prisão das trevas. Eles tiraram minha independência, minha capacidade de trabalhar. Eu não posso ver, nunca vou ver o rosto da minha noiva ou do meu filho”, comenta.
E por mais que as coisas não voltem a ser como eram antes, o homem está com o suporte da sua família e sabe que as coisas vão melhorar com o tempo.