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Imagens impressionantes do último Tigre da Tasmânia lançadas em cores

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O Tigre-da-tasmânia é uma das espécies mais singulares já registradas. O motivo dessa singularidade é por causa de suas características físicas. Para quem não conhece, a espécie possui corpo parecido com o de um cão, cabeça parecida com a de uma raposa e dorso com listras parecidas com as dos tigres. Nesse sentido, mais singular ainda são as fêmeas, que possuem uma bolsa semelhante a dos cangurus.

Esse animal, que também se conhece como tilacino, é um símbolo da Tasmânia. Em comparação, ele está para a Austrália assim como o Monstro do Lago Ness está para Escócia. Eles eram nativos da Tasmânia e da Nova Guiné na Austrália. Mas a caça dos tigres da Tasmânia levou a espécie à extinção. E o último animal dessa espécie, chamado Benjamin, estava em um zoológico de Hobart e morreu em 1936.

Filmagem

Agora, as filmagens do animal “voltaram à vida” em uma nova versão com cores. A filmagem foi aprimorada pelo National Film and Sound Archive (NFSA) da Austrália e compartilhada por eles no YouTube no começo do mês.

Nela, vemos que Benjamin tem pelo amarelado com listras marrom-escuras em suas costas e nádegas. Quando o animal abre suas mandíbulas, surpreendentemente longas, em um bocejo é possível ver sua língua e o interior da sua boca. E eles tem um tom delicado de rosa.

O naturalista australiano David Fleay capturou a filmagem em dezembro de 1933, em um filme de 35 milímetros. Esse filme e o negativo estão na coleção da NFSA. E foi justamente o negativo que foi digitalizado em uma resolução 4K e depois colorido com a supervisão do produtor de cinema Samuel François-Steininger na Composite Films em Paris.

“Colorir a filmagem em alta resolução foi um desafio porque a pele do tilacino era extremamente densa, e muito cabelo teve que ser detalhado e animado”, disse François-Steininger.

Trabalho

Para fazer esse trabalho, especialistas em filmes consultaram peles de tilacino preservadas em museus para garantir que as cores colocadas na filmagem fossem o mais precisas possíveis.

Além disso, eles também leram as descrições científicas desse animal e revisaram as ilustrações e pinturas feitas dele. Depois de fazer tudo isso, eles usaram as ferramentas digitais e algoritmos de inteligência artificial para integrar, da maneira mais perfeita possível, as cores em cada um dos quadros do negativo.

“Mais de 200 horas de trabalho foram necessárias para alcançar este resultado”, disse François-Steininger.

Animal

Por mais que se conheça os tilacinos como tigres ou lobos da Tasmânia, eles não eram nem tigres e nem lobos. Na realidade, eles eram os maiores marsupiais carnívoros do mundo. Os adultos chegavam a pesar 30 quilos e medir até 1,95 metros de comprimento, do nariz até às pontas da cauda.

Esses animais andavam por toda Austrália. Mas cerca de dois mil anos atrás eles foram encontrados somente na ilha da Tasmânia. Lá, aproximadamente cinco mil tilacinos ficaram quando os europeus colonizaram o continente no fim do século XVIII.

Já em meados de 1930, os avistamentos desses animais na natureza eram bastante raros. E depois que Benjamin morreu, no zoológico de Hobart em 1936, todas as tentativas de capturar um outro animal não foram bem sucedidas. Se declarou oficialmente extinta a espécie em 1986.

Ao todo, existem somente 10 clipes que mostram os tilacinos vivos. Dentre eles, a filmagem de Fleay é a maior. Ela tem cerca de 80  segundos. De acordo com a NFSA, logo depois que o cineasta capturou as imagens, Benjamin o mordeu nas nádegas.

Fonte: https://www.sciencealert.com/watch-this-stunning-colorized-footage-of-last-ever-filmed-marsupial-tiger

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