A cada dia que passa, nós chegamos mais perto do colapso ambiental. Um dos problemas que mais preocupam é a poluição e suas consequências. Dessas, uma forma que está mais evidente é a poluição de plástico, que é descartado na natureza. O material pode demorar mais de 600 anos para se decompor no meio ambiente. Por isso que encontrar soluções para combatê-lo é crucial, como no caso desse inseto comedor de plástico.
De acordo com os pesquisadores, a larva-da-farinha pode mastigar o poliestireno e hospedar bactérias no seu intestino e essas bactérias podem ajudar na quebra do material.
O poliestireno é conhecido popularmente como isopor e é um material de plástico bastante usado em embalagens alimentícias, eletrônicas e industriais. Como ele é um produto difícil de quebrar, é bastante durável na natureza. E os métodos de reciclagem tradicional são caros e podem ser poluentes.
Inseto comedor de plástico
Portanto, esse inseto comedor de plástico pode ser uma excelente alternativa. Os pesquisadores fizeram um experimento que durou mais de um mês alimentando as larvas somente com poliestireno ou com farelo, que é um alimento rico em nutrientes. Eles também os alimentaram com uma terceira opção que era uma combinação dessas duas anteriores.
Como resultado, os insetos que comeram poliestireno e farelo sobreviveram em taxas mais altas. Eles também conseguiram comer o plástico de uma forma mais eficaz.
Conforme os pesquisadores. por mais que a dieta somente com poliestireno manteve as larvas vivas, elas não absorveram nutrientes suficientes para conseguir quebrar o material. Ter visto isso foi um reforço sobre a importância de uma dieta balanceada para que esses insetos consigam consumir e degradar o plástico de forma ideal.
Também, conforme os pesquisadores, esses insetos podem comer o poliestireno por ele ser composto especialmente de carbono e hidrogênio, o que lhes dá uma fonte de energia.
No mesmo estudo também foi visto que as entranhas de larvas alimentadas com poliestireno tem níveis mais altos de Proteobacteria e Firmicutes. Elas são bactérias que conseguem se adaptar a muitos ambientes e decompor várias substâncias complexas.
Possuir uma grande quantidade dessas bactérias mostra que elas têm um papel essencial na quebra do plástico. Isso sugere que a larva-da-farinha pode não ter uma capacidade natural de comer o material, mas quando começa a comer plástico, as bactérias nos intestinos delas mudam e ajudam a quebrá-lo.
Isso mostra que o intestino de determinados insetos podem sim ajudar na degradação do plástico. Então, os pesquisadores pontuam que isolar as bactérias e as enzimas que eles produzem pode ajudar na degradação dos resíduos plásticos.
Fonte: Olhar digital
Imagens: Olhar digital