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Bananas são usadas no combate a poluição por plásticos

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A cada dia que passa, nós chegamos mais perto do colapso ambiental. Um dos problemas ambientais que mais preocupam é a poluição e suas consequências. Dessas, uma forma que está mais evidente é a poluição de plástico que é descartado na natureza. O material pode demorar até mais de 600 anos para se decompor no meio ambiente.

Por isso que pesquisas para conseguir conter esse tipo de poluição são feitas constantemente, como por exemplo, a descoberta feita por essa dupla de pesquisadores envolvendo bananas no combate à poluição por plásticos. Em seu estudo, eles usaram cascas da banana para criar um filme de embalagem biodegradável que pode ser um substituto para o material.

Chamado de “Filmes de embalagem biodegradável ​​​​de fibra de casca de banana”, o estudo foi feito por Srinivas Janaswamy, professor do Departamento de Laticínios e Ciência Alimentar da Universidade Estadual de Dakota do Sul, nos EUA.

O uso das bananas também foi um ponto positivo, visto que todos os anos 36 milhões de toneladas de cascas da fruta são descartadas. Então, ter um uso mais prático para esses resíduos pode trazer benefícios financeiros para a agricultura e prevenir a poluição ambiental.

Alternativa ao plástico

Área de mulher

Esse estudo já está sendo desenvolvido há alguns anos e tem investigado subprodutos agrícolas, como cascas de banana e abacate, e como eles podem virar uma alternativa para o uso de plásticos à base de petróleo. O objetivo dos pesquisadores é criar um filme para embalagens que consiga substituir o plástico tradicional.

Para criar esse filme biodegradável, os pesquisadores trituraram as casas de banana. Depois disso, retiraram um material lignocelulósico, que é essencial para o desenvolvimento do filme.

Então, o resíduo passou por alguns processos químicos, como o branqueamento, destilação e tratamento antes de ser produzido o filme. Quando ele estava seco, esse material biodegradável foi testado.

Benefícios

O filme biodegradável produzido se decompõe em somente 30 dias e com 21% de umidade do solo. Além disso, ele é transparente, o que faz com que ele seja ideal para ser usado em embalagens de alimentos, porque ainda deixa o consumidor avaliar o alimento que está ali.

Com relação à sua resistência, os pesquisadores viram que ele resiste a uma tração maior do que 30 MPa, número maior do que os sacos de supermercado.

Como um todo, as propriedades da casca da banana foram bem úteis para a produção do filme biodegradável. O próximo passo que os pesquisadores querem é melhorar a flexibilidade do material e estudar maneiras de escalonar a sua produção para que ele seja comercializável.

Poluição

Verde Ghaia

Como dito, pesquisas para combater a poluição por plástico não faltam, como essa descoberta de alguns micróbios do solo, que são adeptos de usinas de reciclagem e desenvolveram um gosto pelo plástico. Inesperadamente, alguns anos atrás, os cientistas estavam mexendo com um desses organismos. Logo, eles criaram, acidentalmente, uma enzima mutante que consegue devorar 20% mais plástico do que sua versão natural.

Depois de dois anos, a mesma equipe se superou. Eles combinaram uma enzima recém-descoberta com a versão antiga. Com isso, eles criaram uma nova enzima super mutante que decompõe o PET com eficácia.

Então, o aumento enorme da eficiência pode representar um possível caminho para a reciclagem de plásticos no futuro. Embora, até o momento, a maneira mais eficiente de gerenciar a poluição é evitar produtos de plástico.

Atualmente, o lixo plástico invadiu o mundo todo. E o PET é o termoplástico mais comum, sendo usado em garrafas de água e roupas.

O plástico leva séculos para se decompor totalmente no mundo natural. Felizmente, alguns micróbios descobriram como mastigá-lo em poucos dias.

O primeiro organismo foi descoberto em 2016 em uma usina de reciclagem no Japão. Ele se chama Ideonella sakaiensis. No decorrer dos anos, pesquisas mostraram que ele secreta uma enzima que degrada o plástico. Ela se chama PETase e quebra garrafas PET de água.

Posteriormente, logo depois, foi descoberto um segundo que se chama MHETase. Essas duas enzimas juntas fazem uma parceria perfeita para destruir o plástico.

Enquanto a PETase decompõe a superfície dos plásticos, segundo os pesquisadores, a nova enzima retalha ainda mais as coisas. Ao fim, restam blocos de construção básicos e a promessa de reciclar o plástico por completo.

“Pareceu natural ver se poderíamos usá-los juntos, imitando o que acontece na natureza”, explicou o biólogo estrutural John McGeehan, que faz parte da pesquisa na Universidade de Portsmouth.

Então, a mistura simples do PETase com a nova enzima MHETase foi suficiente para dobrar a degradação do PET. E quando os cientistas ligaram os dois fisicamente eles funcionaram ainda melhor.

“Foi preciso muito trabalho dos dois lados do Atlântico, mas valeu a pena o esforço. Ficamos muito satisfeitos em ver que nossa nova enzima quimérica é até três vezes mais rápida do que as enzimas separadas que evoluíram naturalmente. Abrindo novos caminhos para melhorias futuras”, disse McGeeham.

De fato, não é uma coisa incomum de se ver na natureza enzimas secretadas por micróbios trabalharem lado a lado quebrando a celulose e outras estruturas celulares resistentes.

“Dado que os sistemas microbianos naturais evoluíram ao longo de milhões de anos para degradar de forma otimizada os polímeros recalcitrantes, talvez não seja surpreendente. Em retrospecto, que uma bactéria do solo como I. sakaiensis desenvolveu a capacidade de utilizar um sistema de duas enzimas”, escreveram os autores.

“No futuro, o projeto de sistemas multienzimáticos para despolimerização de resíduos de polímeros mistos é uma área promissora e frutífera para investigação contínua”, concluíram.

Fonte: Olhar digital

Imagens: Área de mulher, Verde Ghaia

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