Ciência e Tecnologia

Isso foi o que aconteceu quando a NASA enviou abelhas para o espaço

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Desde que a corrida espacial passou a fazer parte dos investimentos tecnológicos e científicos em nosso mundo, pesquisadores já mandaram todo tipo de coisa para o espaço. Para saber como a vida funciona em ambientes de nenhuma ou pouquíssima gravidade, já tentaram cultivar várias diferentes espécies de plantas e animais, por exemplo.

Até mesmo os humanos que tem um primeiro contato com ambientes de microgravidade tem muita dificuldade de movimentos e constantemente se chocam com paredes e outros objetos.

Para compreender melhor como esses cenários influenciam no comportamento de outras espécies, a Agência Espacial Norte Americana (NASA), já enviou uma série de animais voadores para estudar essa atividade no espaço. Se já é complicado para os humanos lidar com a falta de gravidade, imagine para os animais.

Voo

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Para poder explicar a situação do título da matéria e falar especificamente das abelhas, precisamos voltar um pouco no tempo e entender os estudos realizados com outras espécies. Em 1982, um experimento realizado a bordo do ônibus espacial Columbia percebeu que voar é uma atividade muito complicada para insetos que foram levados da Terra.

Moscas nascidas no nosso planeta desistiram de tentar voar e passaram a se movimentar somente andando pelas paredes, já que estavam perdendo o controle ao bater as asas. Mariposas apresentaram um comportamento parecido na mesma situação. No entanto, as criaturas dessa espécia que nasceram no espaço se adaptaram às condições do ambiente.

Ao invés de bater as asas como suas antepassadas terráqueas faziam, desenvolveram uma forma de flutuar e conseguir se transportar nos lugares sem gravidade. Dessa forma, a própria atração dos corpos no espaço fazia o esforço para movimentá-las, sem que houvesse a necessidade de bater as asas.

Abelhas

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De acordo com um memorando da NASA, as “abelhas não foram capazes de voar normalmente e caíam no ambiente sem gravidade.” Para não ter que lidar com o problema no voo, as abelhas simplesmente pararam de se mover no espaço. A suspeita da agência espacial é de que os insetos podem ter sofrido com cansaço por falta de comida ou pela falta de habilidade na hora de se adaptar às novas condições de voo.

Numa segunda tentativa, numa missão do ônibus espacial Challenger, astronautas voltaram a levar abelhas para o espaço, em 1984. Dessa vez, foram transportados duas cápsulas dedicadas a estudar esses animais. Cada um dos módulos carregava 3400 operárias e uma rainha.

Dessa vez, após as primeiras tentativas frustradas de voo, as abelhas conseguiram se adaptar e aprenderam a voar no ambiente. Os astronautas concluíram, a partir daí, que os animais eram capazes de aprendizado em algumas situações. Após a dominação dos voos, as abelhas conseguiram até mesmo gerar uma colmeia e botar ovos. No entanto, apesar da evolução, nenhum dos ovos deu vida a uma nova abelha propriamente.

O experimento de 1984 é, até hoje, considerado o mais extenso sobre abelhas no espaço e ajudou a revelar muita coisa sobre o comportamento da espécie nos ambientes de microgravidade. Agora é só tomar cuidado para não criar abelhas inteligentes demais no espaço e depois ter que lidar com bizarros animais extraterrestres.

Bônus

Além de insetos, experimentos também foram realizados com vários outros animais voadores. Esse vídeo, por exemplo, mostra alguns pombos bem confusos ao tentar voar num ambiente sem gravidade.

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