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Já ouviu falar da sala oculta que existe atrás do Monte Rushmore?

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Para alguns, não basta fazer, pois além de construir, essas pessoas querem deixar a história contada, nem que precise de uma sala inteira para isso. Um desses casos é o do escultor americano Gutzon Borglum, responsável intelectual pela enorme escultura do Monte Rushmore, na Dakota do Sul.

Durante o trabalho mais importante de sua carreira, ele buscou a construção de um espaço capaz de armazenar dados sobre essa obra que traz o busto de quatro presidentes dos Estados Unidos da América.

Fonte: iStock

Sem teoria da conspiração por aqui! 

Já reparou que todo grande feito artístico da humanidade recebe a “explicação” de alguma teoria da conspiração? Por exemplo, há quem diga que as pirâmides do Egito se devem à ajuda de ETs. De modo semelhante, também circulam teses sobre as estruturas piramidais do Peru.

Diante desse cenário, Gutzon Borglum pensou nisso e queria encontrar uma forma de evitar boatos. Por isso, ele planejou um empreendimento a mais no já trabalhoso Monte Rushmore, o qual demorou cerca de 14 anos para ficar pronto.

Basicamente, o escultor queria erguer uma enorme sala com dados históricos que servissem às gerações futuras. Dessa forma, estas poderiam averiguar em fontes confiáveis quais os propósitos daquela obra. Além disso, Borglum pretendia deixar nesse cômodo a Constituição americana e a Declaração de Direitos.

Assim, as pessoas que nascessem após a inauguração do Monte Rushmore sempre saberiam quem foi Thomas Jefferson, Abraham Lincoln, George Washington e Theodore Roosevelt. Estes possuem seus bustos expostos em tamanho colossal, recebendo a companhia de uma enorme inscrição em pedra contendo fatos históricos do país.

Fonte: Kerem Yucel

Para finalizar todo esse trabalho, foi preciso começar cedo. Assim, já em 1927, 30 homens começaram a explosão de dinamites, todos sob a liderança de Gutzon Borglum. Nesse sentido, por volta de 1938, o líder do processo desviou sua atenção para a famosa sala de informações, a qual ele queria dar vida.

Sendo assim, ele abriu um buraco atrás do cabelo de Abraham Lincoln para hospedar o cômodo. Além disso, tintas vermelhas se espalhavam pela sala a fim de mostrar aos pedreiros onde eles deveriam explodir. Todavia, esse sonho sofreu um baque estadual.

Oposição política

Na época em que o Monte Rushmore, quem governava a Dakota do Sul era William Bulow. Este só tinha um foco em mente: terminar a escultura capaz de atrair turistas do país todo. Portanto, para ele, a produção da sala de Borglum parecia algo supérfluo.

Então, ele se recusou a deslocar recursos para a construção do cômodo e pediu ao escultor que abandonasse essa ideia paralela. Enquanto isso, o senador Peter Norbeck se colocou à disposição para reunir voluntários neste trabalho. No entanto, Borglum não aceitou a ajuda, já que ele não recebia dinheiro nenhum com esse auxílio não alimentado por recursos públicos.

Em meio a essa briga, o resultado final foi o abandono da ideia da sala, pois seu mentor faleceu em 1941. Sim, o escultor partiu no mesmo ano em que inaugurou sua maior obra.

Fonte: Wikimedia Commons

Em seguida, quem comprou a briga foram os familiares de Borglum. Estes queriam que o cômodo ficasse pronto em homenagem ao artista, pedido que só recebeu atenção em 1998. Não foi da forma engenhosa que o escultor pensou, mas já significou muito para a família, afinal, era necessário alguma recordação quanto ao esforço de Borglum no monumento.

Basicamente, a recordação é um depósito com pastas de porcelana que explicam todo o trabalho realizado na montanha. Em uma das pastilhas, contém a filosofal reflexão de Borglum durante a concepção do monumento.

“Quero, em algum lugar da América, nas Montanhas Rochosas ou perto delas, a espinha dorsal do continente, tão distante das civilizações sucessivas, egoístas e cobiçosas, alguns metros de pedra que testemunham, carregam a semelhança, as datas, uma palavra ou duas das grandes coisas que realizamos como Nação, colocadas tão alto que não vale a pena derrubá-las para propósitos menores”.

Fonte: Mental Floss.

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