Qual motivo de tantas cobras aparecerem em Sete Lagoas na última semana?

As cobras estão entre os animais perigosos e temidos pela maioria das pessoas. São milhares de espécies ao redor do mundo e parece que, ainda, não foram descobertas todas as espécies existente. Ao que parece, elas podem ser encontradas em, praticamente, todos os lugares. Mesmo assim, quando uma grande quantidade aparece em determinada região o fato chama atenção, como aconteceu, na última semana, em Sete Lagoas.

Os flagrantes desses animais aumentaram não somente na área rural, mas também na cidade. A situação trouxe um alerta do cuidado que devemos ter com a preservação do habitat das cobras.

Na última quinta-feira, o Corpo de Bombeiros retirou uma jiboia de um lote vago no bairro Tamanduá. A aparição do animal no terreno é um “mistério” já que não existe mata por perto. No último domingo, eles resgataram duas cascavéis: uma na rua Estrela Guia, no bairro Itapuã II e o outra numa casa no bairro JK. No mesmo dia foi registrada a presença de uma coral no bairro Esmeraldas.

Os registros de cobras em Sete Lagoas não pararam por aí. Ainda no último domingo aconteceu o flagra de uma cascavel na rampa de voo livre da Serra de Santa Helena. Já no sábado, jiboias foram vistas nos distritos de Estiva e Fazenda Velha.

Cobras em Sete Lagoas

 

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Segundo o Corpo de Bombeiros, até dia 17 foram resgatadas 38 cobras em Sete Lagoas. Por conta disso, a corporação fez um alerta para “manter quintais e lotes limpos e evitar a disposição de lixo, e outros materiais, nesses locais. Caso ocorra o aparecimento de uma serpente, é necessário manter distância e entrar em contato com o Corpo de Bombeiros, ou outro órgão, para realizar o recolhimento do animal”.

Com tantos flagras e resgates surge a dúvida: Por qual motivo essas cobras estão aparecendo em Sete Lagoas? De acordo com Ramon Lamar, professor e biólogo, é necessário um estudo a respeito da real situação, mas existem algumas hipóteses para isso acontecer.

“Na [Avenida] Perimetral sempre foram avistadas jiboias e nalguns casos pode até ser a mesma porque ali tem condições muito propícias para a espécie: água e ambiente úmido. Um ponto a considerar é o desmatamento ocorrido na região. Evidentemente, todos os animais, não só as cobras, procuram outros ambientes e isso faz com que suas presas se locomovam. Por exemplo, se roedores se movem, as cobras vão atrás”, disse ele.

 

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Lamar, também, pontua outro fator que contribui para o avistamento dessa superpopulação: o fechamento do Parque da Cascata na época da pandemia do covid-19, o que pode ter ajudado as cobras a estenderem seu raio de presença.

“E uma outra coisa que a gente pode ainda elencar é a facilidade, atual, que se tem de fazer o registro. Antigamente a pessoa via a cobra e a informação ficava só entre ela e o seu núcleo familiar. Hoje a pessoa fotografa, posta na internet e isso causa a sensação de mais encontros”, pontuou.

Fonte: Sete Lagoas 

Imagens: Instagram