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James Webb descobre que “asteroide de ouro” pode estar enferrujando

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Vários asteroides já passaram perto do nosso planeta e viraram notícia. E os que irão passar também acabam virando notícia e às vezes até motivo de preocupação. Felizmente, nenhum deles colidiu com a Terra. E existem descobertas que chamam atenção por conta de suas características, como no caso desse asteroide de ouro.

Os cientistas descobriram algo bem interessante no asteroide Psyche através do Telescópio Espacial James Webb (JWST), da NASA. Esse corpo celeste é conhecido por conta da sua concentração alta de metais e o identificado pelos cientistas foi a presença de um componente de água. Isso sugere que a superfície do asteroide tem hidratação no formato de ferrugem, o que por sua vez pode dar pistas a respeito da origem desse corpo celeste.

O Psyche está no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter e se destaca por conta das suas características interessantes. No seu ponto mais largo, ele tem uma extensão de cerca de 280 quilômetros e já foi tido como um corpo composto quase exclusivamente por metal. Tanto que se acreditava que poderia ser o núcleo exposto de um planetesimal, que é uma das primeiras estruturas que formam planetas. Se esse fosse o caso, isso poderia potencialmente revelar segredos a respeito da formação da Terra e de outros planetas rochosos.

Asteroide de ouro

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Por conta dessa especulação a respeito da composição rica em metais, a NASA lançou a missão Psyche em outubro de 2023 para explorar o corpo celeste de perto quando a sonda chegar em seu destino, em 2029.

De acordo com avaliações preliminares foi sugerido que os metais presentes no asteroide podem ter um valor de aproximadamente 10 quintilhões de dólares, equivalente a 70 mil vezes a economia global. Justamente por isso que ele é chamado muitas vezes de asteroide de ouro.

Contudo, dúvidas surgiram a respeito da composição somente metálica desse asteroide de ouro com as novas observações. De acordo com dados recentes, syche pode ser um misto de metal e silicato, e não composto apenas por metais como era imaginado.

Em 2016 tinham sido detectadas assinaturas de hidroxila, que são moléculas presentes na água, o que sugeria a presença de quantidades pequenas de água na superfície do asteroide de ouro. Mas os resultados não foram conclusivos porque as medições feitas na Terra poderiam ter sido contaminadas pela água da atmosfera do nosso planeta.

Estudo

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Então, para conseguir um resultado nesse ponto, uma equipe liderada por Stephanie Jarmak, do Centro de Astrofísica de Harvard e Smithsonian, usou os instrumentos de infravermelho do JWST.

A equipe direcionou o telescópio para o polo norte de Psyche, em março de 2023. Com isso, ela conseguiu capturar dados mais detalhados a respeito do espectro de luz refletida pelo asteroide. Com as análises feitas foi confirmado a presença de hidroxila. Isso sugeriu que a molécula está ligada a metais na superfície do corpo celeste e forma ferrugem.

Por mais que os instrumentos do JWST não tenham detectado uma assinatura conclusiva de água, ainda não foi descartada a possibilidade de que ela pode estar presente em outros lugares do asteroide ou em concentrações muito baixas que não conseguem ser captadas.

O plano da equipe agora é explorar com mais detalhes a superfície do asteroide de ouro, como o polo sul, onde existe uma cratera grande que pode revelar mais sobre a história de impactos que moldaram o asteroide.

Fonte: Olhar digital

Imagens: Olhar digital

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