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Kailia Posey, ex-miss infantil de ‘Toddlers & Tiaras’ morre aos 16 anos

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Kailia Posey, de 16 anos, pode não ser um nome reconhecido, mas seu rosto como criança e miss no reality show Pequenas Misses (Toddlers & Tiaras) ficou tão famoso que virou um meme mundial. Infelizmente, sua família anunciou sua morte nesta terça-feira (3), inicialmente sem a causa da morte revelada. No entanto, a sua família veio ao público e contou ao TMZ que ela se suicidou.

“Embora ela fosse uma adolescente talentosa com um futuro brilhante pela frente, infelizmente em um momento impetuoso, ela tomou a decisão precipitada de acabar com sua vida terrena”, disse a família ao TMZ.

“Ela ganhou inúmeras coroas e troféus depois de competir no circuito de concursos toda a sua vida… Seu talento altamente aclamado como contorcionista já havia levado a ofertas de trabalho em turnês profissionais e ela havia sido selecionada recentemente para ser uma líder de torcida em sua escola no próximo outono”, ainda disseram familiares de Kailia, que estava planejando se dedicar ao seu maior sonho: se tornar pilota de avião.

Kailia conheceu a fama ainda criança quando foi uma das competidoras do reality Pequenas Misses, que foi ao ar entre 2009 e 2013. Dessa forma, no programa, acompanhamos as crianças e suas jornadas nos palcos competindo em concursos de beleza de criança, incluindo as horas de ensaio, os estresses dos pais e os momentos de desespero e cansaço das crianças.

Mesmo depois do fim da sua participação no reality show, Kailia continuou competindo nos concursos de beleza dos Estados Unidos. Dessa forma, a jovem era conhecida por sua espontaneidade, sendo que uma de suas reações chegou a virar um meme viral.

Família de jovem cria campanha

Reprodução

Depois da tragédia, familiares e amigos de Kailia se uniram para criar uma campanha de arrecadação na Whatcom Community Foundation em nome da adolescente. O objetivo é fornecer recursos para ajudar estudantes em crise.

Antes da divulgação oficial da causa da morte, chegou a circular que o motivo teria sido um acidente de carro. Portanto, dado as circunstâncias, a família decidiu compartilhar a causa.

Kailia faleceu em Washington, D.C, capital dos Estados Unidos, onde visitou para participar de um baile, poucos dias antes. Assim, a notícia terrível foi compartilhada pela mãe da jovem, Marcy Posey, em seu perfil no Facebook.

“Eu não tenho palavras ou pensamentos. Uma linda menina se foi. Por favor, nos dê privacidade enquanto lamentamos a perda de Kailia. Meu bebê para sempre”, escreveu a mãe enlutada.

Comportamento suicida entre jovens

A pesquisa Violência autoprovocada na infância e na adolescência, promovida pela Fiocruz, identificou 15.702 notificações de atendimento ao comportamento suicida entre adolescentes nas unidades de saúde. Assim sendo, o grupo predominante é da faixa dos 15 aos 19 anos (76,4%), do sexo feminino (71,6%) e cor branca (58,3%), sendo que a pesquisa foi feita entre os anos de 2011 e 2014.

Além disso, o estudo revela que a residência é o local mais frequente em que o ato ocorre (88,5% de 10-14 anos; 89,9% de 15-19 anos). Já o envenenamento ou intoxicação é o método mais utilizado (76,6% e 78%, respectivamente nas idades de 10-14 e 15-19).

Quanto às internações decorrentes das tentativas de suicídio entre os adolescentes, houve 12.060 registros entre 2007 e 2016, com predominância do sexo feminino (58,1%) e maior ocorrência na Região Sudeste (2,7 e 7,0 notificações a cada 100 mil habitantes, nos grupos de 10-14 e 15-19 anos, respectivamente).

Dessa forma, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, o suicídio é a segunda maior causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos. “É relativamente comum que na adolescência surjam ideias suicidas, pois fazem parte do desenvolvimento de estratégias para lidar com problemas, como o sentido da vida e da morte”, explicou a coordenadora da pesquisa, Joviana Avanci, do Departamento de Estudos sobre Violência e Saúde Jorge Careli da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz).

“Vem a ser um problema quando essas ideias se tornam a única ou a mais importante alternativa. A intensidade desses pensamentos, sua profundidade, duração, o contexto em que surgem e a impossibilidade de desligar-se deles são fatores que determinam a crise suicida. Um suicídio costuma ser pensado, planejado e antecedido por tentativas. Existem suicídios por impulso, mas são raros”.

Motivações

Dentre os casos estudados, a pesquisa mostra evidências notáveis de vulnerabilidade no lar, como violências, falta de cuidado e apoio inter-relacional. Sendo assim, as famílias pesquisadas mostram sinais de rejeições, maus-tratos físicos, agressões verbais, violência sexual, uso de álcool e drogas.

“Há relatos de agressões físicas, violência psicológica e negligências na família em praticamente todos os casos pesquisados. É importante ressaltar a ocorrência do abuso sexual em vários adolescentes e também em gerações anteriores das famílias, inclusive outras formas de violência”, denuncia o estudo.

Praticamente todos os casos estudados tiveram vários motivos disparadores. Portanto, é recorrente que os motivos para se tirar a própria vida entram no contexto de um período de grande desconforto emocional, desafetos e vulnerabilidade.

Exemplos desses gatilhos são “violências e problemas na família, desentendimentos e rompimentos com namorados, abuso sexual, bullying, abuso de álcool e drogas, assalto, pressão escolar, obesidade e a interação em redes sociais virtuais, como Youtube, WhatsApp e comunidades especializadas foram expostas”.

Fonte: G1

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