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Kinder Ovo: entenda a polêmica envolvendo salmonela nos chocolates

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu, no dia 14 de abril, um alerta sobre o surto de Salmonela typhimurium depois do consumo de chocolates da marca Kinder Ovo. A notificação foi enviada pela Rede Internacional de Autoridades de Segurança Alimentar (Infosan).

Segundo a Infosan, o Brasil não está incluído na lista de países para os quais o produto foi distribuído, por isso, não há risco para os consumidores nacionais. Mesmo assim, “a Anvisa segue o monitoramento do caso junto à empresa e acompanha as informações veiculadas por outras autoridades internacionais”, informa o comunicado.

Dois dias antes, no dia 12 de abril, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, notificou a fabricante Ferrero do Brasil. A pasta determinou que a empresa formalize o recolhimento do produto ou apresente esclarecimentos sobre sua segurança.

Isso porque uma semana antes, a Ferrero passou a fazer parte de uma investigação no Reino Unido depois de suspeitas de que os chocolates estivessem contaminados pela bactéria salmonela. Ao todo, 57 pessoas, em sua maioria crianças de cinco anos de idade ou menos, adoeceram. Após isso, alguns lotes do Kinder Ovo estão sendo recolhidos no país para evitar que o problema piore.

A Senacon declarou que a Ferrero foi notificada porque não informou às autoridades brasileiras competentes que os produtos do recall no exterior não atingiram o mercado brasileiro, uma orientação básica da secretaria brasileira.

Surto no Reino Unido

Foto: Gerardo Vieyra/NurPhoto

A suspeita é de que os chocolates contaminados seriam os Kinder Ovos na Bélgica, com data de validade entre 11 de julho de 2022 e 7 de outubro de 2022. Especialmente os ovos de 20g e embalagens de três ovos. De acordo com a Food Standards Agency (FSA), da Grã-Bretanha, a Ferrero já recolheu os ovos Kinder Surprise simples e múltiplos dos estabelecimentos do país.

Outros países europeus também registraram infecções, entre eles estão a Irlanda, França, Alemanha, Suécia e Holanda. Nenhuma morte foi notificada no Reino Unido, mas aproximadamente 77% dos casos envolvem crianças de cinco anos ou menos.

As inspeções realizadas pela Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido, Saúde Pública da Escócia, Saúde Pública do País de Gales e Agência de Saúde Pública da Irlanda do Norte, informaram que “vários desses casos foram de crianças pequenas”.

A salmonela

Foto: Getty Images

A salmonelose é uma doença bacteriana que infecta o intestino e pode provocar a gastroenterite. Os sintomas mais comuns são diarréia, cólicas estomacais e, às vezes, vômitos e febre.

Os sintomas começam a aparecer entre 12 e 72 horas depois da ingestão de uma dose com alimento infectado por salmonela. O desconforto costuma durar entre quatro a sete dias e a maioria das pessoas se recuperam sem tratamento.

A salmonela pode ser transmitida de pessoa para pessoa, por isso, qualquer pessoa afetada deve seguir práticas de higiene, como lavar bem as mãos depois de usar o banheiro e evitar manusear alimentos por outros sempre que possível, caso tenha sintomas.

Anvisa suspende venda de Kinder Ovo fabricado na Bélgica

Foto: Getty Images

A comercialização, distribuição, importação e utilização do Kinder Ovo e demais produtos da marca Kinder fabricados na Europa foi proibida no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma resolução na última quinta-feira (14/4) para impedir a entrada de alimentos que podem provocar salmonella. Por meio de nota, a empresa afirmou que “a proibição atinge apenas produtos da Bélgica e que não são comercializados no Brasil pela Ferrero”.

A restrição foi realizada depois da notificação do Ministério da Justiça à fábrica brasileira da Kinder e da detecção de cerca de 150 casos de salmonela em 9 países europeus.

Para a Anvisa, a proibição é uma medida preventiva, com o objetivo de informar à sociedade e de evitar que o produto seja consumido ou trazido de fora do país por pessoas ou importadoras.

A agência destaca que o Brasil não está entre os destinos dos produtos da marca italiana sob suspeita.

Em nota, a Kinder declarou que “a proibição da Anvisa não afeta os produtos vendidos no Brasil e que os chocolates e ovos de páscoa comercializados no país são seguros para consumo”.

A empresa acrescenta que a medida tomada pela Anvisa se refere aos produtos fabricados na Bélgica e que não são comercializados pela Ferrero do Brasil.

Fonte: Metrópoles, Estado de Minas

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