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Matéria orgânica essencial para a vida foi encontrada em asteroide, pela primeira vez

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Desde que o mundo é mundo, os primeiros humanos já eram fascinados pelo céu e pelos astros que eram vistos. Conforme a tecnologia foi avançando e o pensamento científico também foi sendo mais elaborado, o encanto pelo espaço e pelos ambientes, ao redor do universo, apenas aumentaram. É claro que, com o fascínio pelo espaço e com o aumento de recursos, o fascínio pela possibilidade de existir vida fora da Terra também cresceu.

E voltando na árvore genealógica bilhões de anos atrás as pessoas descobririam em todos os organismos d  uma poeira química orgânica. A origem dessa poeira orgânica é um debate já há mais de meio século. No entanto, os investigadores encontraram a primeira evidência de materiais orgânicos essenciais na Terra na superfície de um tipo asteroides tipo S.

Asteroide

Uma equipe de pesquisadores internacional fez uma análise aprofundada de uma das partículas trazidas do asteroide Itokawa através da missão Hayabusa, da Agência Espacial Japonesa (JAXA), em 2010.

A maior parte dos meteoritos da Terra vem de asteroides tipo S, como o Itokawa. Por conta disso, saber que ele poderia ter ingredientes essenciais para a vida na Terra é um passo grande para a compreensão de como as condições de formação de vida poderiam surgir. Até o momento, a maioria das pesquisas a respeito do material orgânico tinham se concentrado nos asteroides ricos em carbono classe C.

Analisando a amostra, a equipe descobriu que o material orgânico que veio do asteroide evoluiu conforme o tempo por conta de condições extremas. Ele incorporou água e matéria orgânica de outras fontes

Essa evolução é parecida com o processo que aconteceu na Terra. E ajuda os pesquisadores a entender melhor como as primeiras formas de bioquímica terrestre podem ser simplesmente uma extensão da química que acontece dentro de muitos asteroides.

“Essas descobertas são realmente empolgantes, pois revelam detalhes complexos da história de um asteroide e como seu caminho de evolução é muito semelhante ao da Terra pré-biótica”, disse o cientista da Terra Queenie Chan da Universidade Royal Holloway de Londres.

Análise

Esses modelos evolutivos podem voltar a aproximadamente 3,5 bilhões de anos, época em que a vida era pouco mais do que uma sequência concorrente de ácido nucleico.

Na década de1 950, os pesquisadores estavam considerando, pela primeira vez, a questão de que ingredientes mais simples podem preparar espontaneamente uma sopa orgânica. E experimentos mostraram que as condições na superfície da Terra poderiam fazer um trabalho suficiente.

Agora, depois de quase sete décadas, o foco se voltou para os processos químicos lentos e constantes dentro das próprias rochas que se uniam em mundos como a Terra.

E não é difícil encontrar provas. Tanto que está muito claro que uma chuva constante de rocha e gelo, bilhões de anos atrás, poderia ter liberado moléculas de cianeto e uma generosa doação de água na superfície terrestre. No entanto, em qual grau a química dos meteoritos pode ter sido alterada pelas coisas da Terra ainda é motivo de dúvida.

Desde a volta de Hayabusa, mais de 900 partículas de sujeira do asteroide foram retiradas da sua carga e foram separadas e armazenadas em uma sala limpa da JAXA.

História

De todos esses, menos de 10 foram estudados para buscar sinais de química orgânica. E em todos eles continham moléculas compostas predominantemente de carbono.

“Depois de ser estudada detalhadamente por uma equipe internacional de pesquisadores, nossa análise de um único grão, apelidado de ‘Amazon’, preservou a matéria orgânica primitiva, não aquecida, e processada, aquecida, em dez mícrons de distância. A matéria orgânica que foi aquecida indica que o asteroide tinha sido aquecido a mais de 600 ° C no passado. A presença de matéria orgânica não aquecida muito perto dele, significa que a queda de orgânicos primitivos chegou à superfície de Itokawa depois que o asteróide esfriou”, explicou Chan.

Contudo, a questão das origens da vida e a sua singularidade é uma questão que ainda ficará sem uma resposta definitiva por muito tempo. Mas cada nova descoberta aponta para uma história que vai muito além das poças quentes e seguras da Terra.

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