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Memorial assustador alerta sobre triste realidade de muitas mulheres

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Muitos grupos sociais colocam as mulheres, em uma posição muito inferior, a dos homens.  A desvalorização e a violência são alguns dos pontos que as mulheres têm sofrido ao longo de toda a história. Fato que é ainda mais contundente e expressivo no Oriente Médio.

A cultura é algo muito instável. Dessa forma, sempre ocorrem transformações e há uma pluralidade grande de costumes, em todo o planeta. Esse conjunto de conhecimentos, valores, símbolos, tradições, ideias, costumes e práticas, que se tornam características de um grupo, são relacionados a um determinado grupo familiar, social, étnico, religioso e assim por diante. A descriminação feminina é um fator muito comum, em várias sociedades.

Arte para protestar

Um dado alarmante tomou conta dos noticiários recentemente. Cerca de 40% das mulheres turcas sofreram violência doméstica. Destes casos, alguns ainda apresentaram um fim mais trágico. Com o intuito de combater esses números, o designer gráfico turco, Vahit Tuna, montou um monumento para que ninguém pudesse ignorar essa questão.

Para conscientizar a população do país, o artista local resolveu inovar. Sendo assim, ele pendurou 440 pares de sapatos na parede de um prédio, em Istambul. Isso tudo para simbolizar mulheres mortas por seus próprios maridos, no ano de 2018.

A instalação foi inspirada em um costume funerário comum em algumas partes da Turquia. Segundo esta tradição, os sapatos de falecidos devem ser pendurados fora de sua casa. No caso da obra do artista, os calçados ficam pendurados, por seis meses, em uma parede, com a curadoria da plataforma de arte, sem fins lucrativos, Yanköşe.

Diversas organizações, ao redor do mundo, quantificaram a taxa aproximada de mulheres assassinadas, para dessa forma, traçarem um panorama global sobre a violência feminina. Muitos países nem sequer se manifestaram e não colaboraram enviando dados. Principalmente, as nações do Oriente Médio.

Segundo o artista, muitas dessas histórias tendem a desaparecer, tão rapidamente, quando chamam a atenção do público. Isso trouxe a necessidade de um lembrete, que não poderia passar despercebido por um longo tempo.

Salto alto é um símbolo

 

Os saltos altos, usados na exposição, nunca pertenceram, de fato, às vítimas, mas, eles são um ícone cultural. Já que o sapato é um símbolo de poder e independência feminina. Tuna tem alguns outros projetos, que também giram em torno de questões sociais e econômicas, com as quais seu país de origem está lidando.

Seus trabalhos sempre implicam significados e críticas sutis. E a razão, de parecerem simples, coloridos e até fofos, é a contradição intrínseca da arte e um dos aspectos particulares de seu estilo. Assim, através da alienação e da atração pelo inusitado, ele sugere ao público significados e funções implícitos nas situações e dispositivos do cotidiano. Em suas obras, Tuna prefere usar seu próprio modo de representação quando necessário e escolhe tornar absurdo ou dar sentido à identidade do artista e do indivíduo, através de si mesmo. Com o monumento a favor das mulheres, não foi diferente. Pois ele escolheu os saltos, principalmente por razões estéticas. Mas que, em suma, despertam a reflexão de um tema tão profundo, quanto à violência contra as mulheres.

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