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Mulher flagrada ao atropelar cachorro de rua diz que quer adotar animal

Cachorro atropelado
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De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, existem cerca de 30 milhões de animais abandonados no Brasil, sendo que 10 milhões são gatos e 20 milhões são cachorros. Entre o último grupo, temos o Perdigão, que enfrentou o que uma grande parcela também enfrenta diariamente: o atropelamento.

Porém, por sorte, Perdigão teve alta no última dia 1º, depois de ser atendido em uma clínica veterinária. Ele vive na rua há seis anos e recebia cuidados e alimentação dos moradores do bairro Vila Real, em Franca, São Paulo.

Então, no fim de junho, uma mulher o atropelou. O acidente aconteceu no dia 20 de junho e foi registrado por câmeras de segurança de um mercado que fica na Rua Coronel Domingos José Fernandes. Essa mulher agora afirma que gostaria de adotar o cachorro.

“Tenho total interesse de ter o Perdigão comigo, porque não vou por ele na rua. Por que vou dar rua pra ele?”, diz a mulher, que prefere não ser identificada. Assim sendo, pelas imagens, é possível ver o momento em que a mulher de 30 anos entra em seu carro e dá partida, isso sem notar que o animal estava deitado na rua a poucos metros de distância do carro.

Em entrevista ao G1, ela afirma que foi a uma loja para comprar ração para uma das gatas de estimação, que adotara sete dias antes do ocorrido. “Passei por trás do carro e não vi o Perdigão na frente. No que eu entrei no carro e olhei no para-brisa, como ele estava muito próximo, não estava dando distância de imagem. Não vi ele”, lamenta.

Atropelamento deixou motorista abalada

perdigão cachorro atropelado

Arquivo pessoal

A mulher conta que ficou abalada com o acidente. Além disso, ela nega que não tenha prestado socorro e afirma que ficou com o cachorro até a chegada de ajuda especializada.

“Eu choro todo dia há uma semana. Não deixei de prestar socorro. Tive o cuidado de colocar ele na sarjeta. Tenho dois cachorros e cinco gatos. Todos os gatos são adotados. Eu amo animais, jamais teria a intenção de machucar”.

Como ela está desempregada, ela conta que não há condições de pagar pelo tratamento de Perdigão. Contudo, ela tem tentado levantar o valor da despesa vendendo pizzas e cestas com chocolate.

Abandono de animais

Reprodução

Durante o período de pandemia, passamos por um aumento de cerca de 30% de adoção de cães e gatos. No entanto, o abandono também cresceu. De acordo com Rosangela Gebera, gerente de projetos da Ampara Animal, o índice de abandono e de recolhimento de animais aumentou 61% entre julho de 2020 até o terceiro trimestre de 2021.

“Alguns protetores declararam aumento de abandono de 300%, de 150%, outros de 30%. Este dado se torna ainda mais agravante quando vemos que o número de doações também diminuiu por causa da pandemia, em que quase não teve eventos de adoção. A crise econômica e social exacerbou um problema antigo que é a falta de responsabilidade das pessoas com os animais. Então, quando a pessoa está passando por um momento difícil, a primeira coisa que ela faz é abandonar o mais vulnerável”, diz a gerente.

“Por causa da pandemia, muitos estão deixando seus pets por questões de mudanças de casa, de cidades, separações, perda de emprego e, principalmente, por questões econômicas. Ou seja, pela consequente incapacidade de manter o animal causada pela grave crise social-econômica que estamos vivenciando”, afirma Rosangela.

Desse modo, em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, assim como em diversas outras cidades, cães e gatos esperam por adoção. Em Sorriso, são cerca de 180 cães e gatos e o local funciona em capacidade máxima.

Para sensibilizar famílias que estão em busca de um bichano em casa, a prefeitura montou uma estrutura na praça da cidade. Assim, segundo a veterinária Keila D’Agostin, o abrigo em que ela trabalha está passando por um período complicado, visto que recebe novos animais com frequência, mas não recebe interessados em adotar.

“Hoje estamos com cerca de 180 animais, consideramos o abrigo como lotado. Não conseguimos introduzir novos animais em alguns dos canis por não aceitação entre eles”, disse.

Fonte: G1

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