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Quem nunca sonhou em ser bilionário? Todos nós, ao menos uma vez, pensamos em como seria a vida com tanto dinheiro. Geralmente, pensamos que existem poucos bilionários no mundo, mas a realidade é bem o contrário, ainda mais quando o mundo passa por mudanças drásticas, como foi com a pandemia do COVID-19.
Os dois anos de pandemia fizeram com que a desigualdade no mundo ficasse ainda mais acirrada. Segundo um levantamento feito pela Oxfam, uma ONG que atua em mais de 90 países buscando soluções para a pobreza e a desigualdade, nos últimos dois anos, o mundo ganhou um novo bilionário a cada 30 horas.
Estudo
Semana
O mesmo levantamento também mostrou que, nesse ano, a cada 33 horas, um milhão de pessoas devem atravessar a linha da pobreza extrema. Claro que esses dados são de suma importância. Por conta disso, o estudo está sendo lançado concomitantemente à abertura do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, justamente para levantar debates sobre o tema.
“Esse aumento desproporcional da riqueza de poucos não é celebrável. Ao contrário, é um sinal de alerta, de urgência para que algo seja feito a fim de recolocar a humanidade nos trilhos da inclusão”, disse a diretora executiva da Oxfam Brasil, Katia Maia.
Além do estudo chamado de “Lucrando com a dor”, a Oxfam também indicou medidas voltadas à redistribuição de renda. Segundo a entidade recomenda, grandes fortunas deveriam ser tributadas e ela também sugere a taxação temporária, em 90%, dos lucros excedentes obtidos pelas grandes corporações durante a pandemia.
Bilionários
Iq
Segundo o levantamento, atualmente, o mundo tem 2.668 bilionários. Ao todo, são 573 a mais do que existia em 2020. Para se ter uma noção, apenas o setor farmacêutico, que foi o que mais lucrou com a venda de vacinas, fez 40 desses bilionários.
Esse clube do bilhão, sozinho, detém o equivalente a 13,9% do PIB mundial. Isso é quase três vezes a fatia que a fortuna deles correspondia em 2000. Além dessa enorme quantidade, a Oxfam também mostrou que, as 10 pessoas mais ricas do mundo têm um patrimônio maior que toda a riqueza nas mãos dos 40% mais pobres combinada.
Fortunas
Capital research
Mesmo que os anos de pandemia tenham feito vários novos bilionários, isso não quer dizer que até mesmo os mais ricos não sintam as dinâmicas de economia e os mercados de ações mais fracos.
Como resultado, nem todos os bilionários ficam super ricos para sempre, mas ainda assim, eles podem chegar a figurar na lista feita pela revista Forbes por algum tempo.
Se os dois anos de pandemia foram bons para alguns bilionários, em 2021, outros conseguiram seu bilhão, mas figuraram entre os mais ricos por pouco tempo. Um dos principais fatores causadores dessa mudança tão rápida na riqueza dessas pessoas foi o desempenho fraco de várias empresas depois que elas estrearam no mercado de ações.
Durante a pandemia, as chamadas Spacs, empresa conhecidas como “empresas de cheque em branco”, ficaram bastante populares porque abriram as comportas para uma corrida de empresas que queriam abrir o capital sem a burocracia de ofertas públicas de ações (IPOs) tradicionais.
Nesse sentido, vários começos que foram bastante promissores foram seguidos por preços de ações despencando. Contudo, não foram somente as Spacs o fator para a volatilidade vista ano passado.
Além delas, metade das empresas que conseguiram levantar mais de um bilhão em IPOs em 2021 estavam negociando abaixo de seus preços de listagem em novembro, como mostraram os dados da Dealogic, citados no Financial Times.
Um exemplo disso são as ações do aplicativo de relacionamento Bumble. Ele arrecadou 2,2 bilhões de dólares a uma avaliação de 8,6 bilhões de dólares em fevereiro. Porém, no dia 14 de dezembro as ações já tinham acumulado uma queda de 50%.
Imagens: Semana, Iq, Capital research
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