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Múmia extremamente bem preservada é descoberta na antiga Pompeia

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Um dos desastres naturais mais conhecidos da história é a erupção do vulcão Vesúvio. O fato aconteceu no dia 24 de agosto de 79 depois de Cristo, fazendo com que a lava vulcânica, a poeira e uma fumaça tóxica cobrissem toda a cidade de Pompeia. O município romano ficava localizado na região de Nápoles, no sul da Itália. Além dele, a erupção também atingiu as cidades vizinhas de Herculano e Stabia.

Depois desse desastre, a cidade foi soterrada e esquecida. Até o seu redescobrimento, feito por arqueólogos em meados do século XVIII. As escavações arqueológicas, realizadas na região, revelaram milhares de corpos fossilizados e modelados pelas cinzas. Estima-se que cerca de duas mil pessoas, que moravam na região da Pompeia, morreram.

Descoberta

Quando o Vesúvio entrou em erupção, ele liberou uma quantidade de energia térmica parecida com aproximadamente 100 mil bombas atômicas iguais às lançadas em Hiroshima e Nagasaki.

A erupção do Monte Vesúvio, até os dias de hoje, fascina estudiosos. E por esse fascínio, pesquisas e estudos ainda são feitos na região e são capazes de revelar coisas inéditas. Como esses restos mortais parcialmente mumificados de um morador urbano de Pompeia.

Essa descoberta foi realizada em uma tumba fora do centro da cidade. Segundo as inscrições na tumba, o homem morto se chamava Marcus Venerius Secundio e tinha 60 anos no momento da sua morte. E, em algum momento da vida, tinha sido escravizado. Sendo mais tarde libertado e se tornando um padre muito rico que fazia rituais em latim e grego.

A inscrição feita na tumba se referia a esses rituais gregos. Ela é a primeira evidência direta de apresentações gregas sendo feitas na antiga cidade italiana.

“O fato de apresentações em grego serem organizadas é uma evidência do clima cultural aberto e animado que caracterizou a antiga Pompéia”, disse Gabriel Zuchtriegel, diretor do Parque Arqueológico de Pompeia.

Restos mumificados

Os restos do homem estavam em uma tumba retangular de alvenaria. Ela foi pintada com imagens de plantas verdes em um fundo azul. Vestígios da tinta ainda enfeitavam as partes de fora da tumba.

Dentro, se colocou o corpo, parcialmente mumificado, em uma alcova selada na tumba com um teto arqueado. Secundio estava com o cabelo cortado bem rente a orelha e ainda era visível em seu crânio.

Além disso, os arqueólogos também recuperaram retalhos de tecido e duas garrafas de vidro chamadas unguentários. Tudo estava na tumba de Secundio. Geralmente, se encontra os unguentários nos cemitérios romanos e gregos e podem ter óleos ou perfumes para os rituais.

Tumba

A tumba tinha ainda duas urnas funerárias. Sendo uma delas de vidro azul que pertencia a uma mulher registrada como Novia Amabilis, que significa esposa gentil.

Em Pompeia, a cremação era o método de sepultamento mais comum durante o período romano. Contudo, ainda não está claro o motivo pelo qual os restos mortais de Secundio não foram cremados. E também não é claro porque o corpo se mumificou. Se foi naturalmente ou se foi tratado para que a decomposição fosse prevenida.

“Ainda precisamos entender se a mumificação parcial do falecido se deve a tratamento intencional ou não”, disse o arqueólogo Llorenç Alapont, da Universidade de Valência.

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