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No primeiro encontro deles, ela notou algo na mão dele e então soube de toda a verdade

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Você acredita que duas pessoas podem estar destinadas a ficar juntas? Bom, desde a primeira vez que saíram, Steve Dezember e Hope sabiam que estavam destinados a ficar juntos. Steve fez toda uma preparação para um momento romântico com sua amada. Quando ele estava tentando abrir uma garrafa, algo chamou atenção de Hope. As mãos de Steve tremiam muito e ele parecia perder o controle por alguns segundos.

Até esse momento, Steve já tinha passado por situações semelhantes. Para descobrir o que estava havendo, ele visitou um médico, mas não teve uma resposta concreta. Se passaram 4 meses e finalmente ele teve uma reposta dos médicos. Ele tinha uma doença que iria acabar com sua vida: esclerose lateral amiotrófica.

A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença degenerativa do sistema nervoso, que acarreta paralisia motora progressiva, irreversível, de maneira limitante, sendo uma das mais temidas doenças conhecidas. Na ELA, os neurônios se desgastam ou morrem e já não conseguem mais mandar mensagens aos músculos. Isso finalmente gera enfraquecimento dos músculos, contrações involuntárias e incapacidade de mover os braços, as pernas e o corpo. A doença piora lentamente. Quando os músculos do peito param de trabalhar, fica muito difícil respirar por conta própria.

Quando finalmente percebeu o que estava acontecendo , Steve decidiu que não podia perder mais tempo. Ele levou Hope em um passeio e a lhe pediu em casamento. “Ele disse: ‘Você não tem que ficar comigo, você já ouviu o que o médico disse.’ E eu lhe disse: ‘Eu não vou a lugar nenhum'”, relembra Hope. E por mais rápido que pareça, dois meses depois eles se encontravam em frente ao altar para dizer o “sim” definitivo.

Depois disso, eles foram aproveitar o tempo que eles ainda poderiam aproveitar sem problemas uma viagem. Eles passaram por vários lugares dos Estados Unidos. Uma lua de mel que muitos considerariam perfeita.

Mas, a esclerose lateral amiotrófica não demoraria muito para reaparecer na vida do casal. Em janeiro de 2013, Steve teve que lidar com complicações graves e perdeu a capacidade de falar. Com toda essa situação eles não poderiam continuar viajando e assim tiveram que retornara para casa.

Já em casa a situação de Steve não melhorava. Sua vida já tinha mudado totalmente: ele estava muito magro, com a barba grande e cabelos mais longos. “Quando o vejo, vejo-o tão bonito como sempre. Ele ainda é lindo. Ele já não faz a barba, está cabeludo, e eu gosto”, conta Hope.

Nos dias atuais, Steve só pode sair de sua cama se estiver em suas cadeiras de rodas. A doença já imobilizou completamente mas não afetou totalmente seu cérebro: ele é tão inteligente quanto antes e tem os mesmos sentimentos que uma pessoa qualquer, porém, preso em um corpo imóvel. O tempo passa, e a tecnologia não para de avançar, tornando possível que ele se comunique através de um computador.

Vendo seu marido nessas condições, Hope talvez tenha tomado uma das decisão mais difíceis de sua vida. Largou seu trabalho com psicóloga para cuidar em tempo integral de Steve. Juntos, eles desenvolvem o projeto “Drive”, que une o principal hobby de Steve com a necessidade de arrecadar dinheiro para cobrir os altíssimos gastos médicos do casal.

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