Por Na década de 1990, o primeiro exoplaneta (corpo celeste que não orbita em torno do sol e não faz parte do nosso sistema solar) foi descoberto. Desde então, milhares de outros parecidos já foram descobertos além do nosso sistema solar. Mas isso não quer dizer que elas não sejam importantes. Como no caso dessa mini Terra descoberta orbitando a estrela solo mais perto do nosso sistema solar, conhecida como estrela de Barnard.
Esse exoplaneta recém descoberto pelos astrônomos tem aproximadamente metade da massa de Vênus e orbita sua estrela-mãe, que é uma anã vermelha, em pouco mais de três dias terrestres.
Chamado de Barnard b, o exoplaneta está a apenas 2,9 milhões de quilômetros da estrela de Barnard. Essa distância pode parecer grande, mas é somente 5% da distância entre o sol e mercúrio.
De acordo com Jonay González Hernández, do Instituto de Astrofísica de Canarias, na Espanha e líder da equipe, Barnard b é um dos exoplanetas “de menor massa conhecidos” e um dos poucos “com uma massa menor que a da Terra”.
Ainda de acordo com ele, essa mini Terra está bem perto da sua estrela hospedeira, “mais perto do que a zona habitável”. “Mesmo que a estrela seja cerca de 2.500 graus mais fria que o nosso sol, ela é quente demais para manter água líquida na superfície”, disse.
Mini Terra descoberta
Olhar digital
Essa mini Terra foi descoberta por Hernández e sua equipe descobriram Barnard b através do Very Large Telescope (VLT), que é um conjunto de quatro telescópios que está na montanha Cerro Paranal, no deserto do Atacama, no norte do Chile.
Ele apareceu por causa de uma oscilação pequena no movimento da estrela anã vermelha. E graças ao strumento do VLT chamado “Echelle Spectrograph for Rocky Exoplanet and Stable Spectroscopic Observations” ou ESPRESSO foi possível detectá-lo.
E por conta dessa mini Terra estar perto da estrela de Barnard, ela é um dos alvos principais na busca de planetas rochosos parecidos com o nosso.
Depois da detecção, Hernández e sua equipe procuraram na região em volta de Barnard b para encontrar possíveis sinais de exoplanetas. O foco principal deles era em exoplanetas rochosos na zona habitável em volta da estrela próxima.
Eles focaram nessa área porque ela não é muito quente ou muito fria e dá à água líquida a possibilidade de existir sem que ela ferva ou congele.
Fonte: Olhar digital
Imagens: Olhar digital
