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O continente africano está sendo dividido em dois. Entenda

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Antes de começarmos mantenha a calma… A África não vai realmente se separar. Pelo menos não por enquanto! Recentemente, diversas fotos e relatórios estão circulando pela internet mostrando enormes abismos na região do Condado de Narok, no Quênia. Apenas para que você tenha noção, o maior deles possui nada menos que 15 metros de profundidade e 20 de largura. A partir daí surgiu a ideia de que o continente poderia estar passando por um processo de separação geológica.

Segundo o geólogo David Adede, este fenômeno é o resultado de “zonas de fraqueza” presentes na região. O número de rachaduras pode ultrapassar centenas, sendo que algumas já são bem antigas, mas a cada dia que se passa, outras aparecem. A questão é que muitas estavam apenas cobertas ou enterradas por cinzas vulcânicas. No entanto, fortes chuvas que vem acontecendo de forma frequente estão removendo as cinzar e revelando as fissuras.

De forma geral, a África se encontra em estado de drama. Muitas famílias que viviam na região foram obrigadas a procurar abrigo em outro lugar. Certa vez, enquanto jantava, uma família teve que sair correndo às pressas de casa, pois o chão começou a se romper de baixo de seus pés. A tensão é grande.

Mas afinal, o que está acontecendo na África?

A verdade é que se tem conhecimento sobre o comportamento extremo na superfície do Quênia… Mas ainda não está muito claro o que de fato vem acontecendo. Por outro lado, algumas hipóteses já foram levantadas. Há um imenso limite de placas tectônicas com cerca de 5 mil quilômetros de extensão, que está subindo ao longo da parte leste da África. Dessa forma, ela acaba se manifestando na superfície do continente, sendo chamada de Grande Vale do Rift, ou Vale da Grande Fenda.

A grande questão é que há cerca de 25 milhões de anos, a placa africana começou a se dividir. Ela se transformou nas placas da Somália e da Núbia, que ainda permanecem em processo de afastamento. A placa arábica também está se afastando e a tendência é que a Grande Fenda tome o formato de um “Y”. Entretanto, é válido lembrar que elas se separam em poucos milímetros ao ano. Assim, pesquisadores estimam que daqui a 10 milhões de anos, um novo continente se formará, sendo composto pelo Quênia, Somália, Tanzânia e metade da Etiópia.

Uma das hipóteses sobre o motivo para tais afastamentos, diz respeito a uma pluma superaquecida de material proveniente ao manto terrestre. Ela poderia estar subindo até a crosta abaixo do ponto onde o fenômeno vem acontecendo, causando alterações. Ter uma zona de fenda ativa é um verdadeiro problema, já que regiões estão sendo separadas e microplacas tectônicas estão sendo formadas. Outro problema é a atividade vulcânica, que pode começar a ser mais intensa.

Ainda um mistério

Vale ressaltar as palavras do Dr. James Hammond, geofísico da Birkbeck, Universidade de Londres. Segundo ele, apesar de todas essas especulações ainda não está claro o que o fenômeno representa: “Eu não acho que isso está relacionado à injeção e magma. […] Não tenho certeza do que causou isso. Algum terremoto foi sentido? Se não, então parece improvável que seja tectônico ou vulcânico“.

Por fim, a conclusão é que podemos realmente esperar que daqui a 10 milhões de anos um novo continente seja fragmentado da África. No entanto, nem mesmo a geologia tem todas as informações necessárias para um veredito final.

E então pessoal, o que acharam? Compartilhem suas ideias com a gente aí pelos comentários!

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