Mundo afora

O homem que deseja cruzar o Atlântico com o menor barco do mundo

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Andrew Bedwell deseja cruzar o Atlântico com um barco de um metro, o menor já construído no mundo. O objetivo do inglês é bater o recorde da travessia de um oceano com o menor barco da História.

Para conseguir o feito, o inglês se prepara para passar cerca de dois meses confinado no espaço pequeno do seu barco. No local, ele não pode deitar (seu plano é dormir sentado, mesma posição em que passará os dias inteiros) e nem dar um simples passo, já que se fizer isso cairá no mar.

Dificuldades da viagem de barco

Foto: Andrew Bedwell/ Divulgação

“Não me iludo e sei que não será nada fácil. Mais ou menos como passar dois meses dentro de uma lixeira, em uma montanha-russa nas ondas do mar”, disse o inglês, conforme repercutido no site “Nossa”, do Uol. 

No entanto, Bedwell está confiante que a travessia será bem sucedida. O inglês, de 48 anos, que é casado e pai de uma filha, afirma que apesar de pequeno, o barco é seguro.

“Meu barco tem os principais equipamentos de navegação e segurança de qualquer veleiro, só que em menos espaço. Bem menos…”, diz, orgulhoso. 

Barco porta-luvas

Foto: Andrew Bedwell/ Divulgação

Bedwell construiu esta espécie de barco porta-luvas que flutua, cujo tamanho parece o de um barquinho de brinquedo. Porém, ele garante que o automóvel navegará de verdade, devido a uma pequena vela em forma de pipa. 

Após três anos de construção, o engenheiro disse que o barco já está quase pronto para ir ao mar. Ele tentará bater o recorde da travessia do oceano Atlântico com o menor barco de todos os tempos. 

O plano do inglês é fazer isso em maio de 2023, quando tentará cruzar os 3.500 quilômetros de mar que separam a costa leste do Canadá da sua terra natal, a Cornualha, na Grã-Bretanha. Ele pretende fazer esse percurso em cerca de dois meses, a uma velocidade média de menos de 5 km/h. 

“Não dá para navegar mais rápido, porque o tamanho da vela é limitado pelo tamanho do próprio barco”, informa.

Durante a viagem, Bedwell ficará sentado no interior do seu micro barco, apenas com a cabeça para o lado de fora. 

Problema da alimentação e banheiro dentro do barco

O maior desafio de Bedwell foi a falta de espaço para levar água e comida em seu barco. O primeiro problema foi resolvido com a instalação de um dessalinizador portátil, equipamento capaz de transformar água do mar em potável. 

Já o obstáculo da falta de comida foi solucionado com o preenchimento de todas as paredes internas, assim como a quilha do barco (a parte do casco que fica submersa), com pacotinhos de comida em pó desidratada, que a sua mulher irá preparar. “Não será uma comida muito saborosa, eu sei, mas é a única que cabe no casco.”

Além disso, o inglês aponta que o limitado cardápio trará a vantagem da baixa atividade intestinal que seu organismo terá ao longo da viagem, uma vez que seria impossível instalar um banheiro no barco.

Bedwell ainda afirmou: “Meu banheiro será o mar”.

Fazer algo incrível até os 50 anos

Foto: Andrew Bedwell/ Divulgação

A busca pelo título de navegador do “menor barco a cruzar um oceano” faz parte do projeto de vida de Bedwell de “fazer algo realmente incrível até os 50 anos de idade”. 

Vale destacar que o inglês já atravessou o Atlântico usando um veleiro de pouco mais de seis metros de comprimento, e navegou até o Ártico com um barco pouco menor.

“Para mim, vem ficando cada vez mais importante fazer grandes travessias com barcos cada vez menores. E nenhum será menor do que esse”, explica. 

O surgimento da ideia

Foto: Lorraine McNally/ Divulgação

O projeto de Bedwell de cruzar um oceano em um barco minúsculo foi após ler, anos atrás, um livro escrito pelo atual recordista da modalidade, o americano Hugo Vihlen, hoje com 90 anos de idade. Nos anos de 1980, Vihlen atravessou o Atlântico com um micro veleiro de pouco mais de um metro e meio de comprimento. 

Outra inspiração foi Tom McNally (apelidado pelos ingleses de Crazy Sailor, ou “Velejador Maluco”), adversário de Vihlen no passado.

Além de tentar ser o recordista desse tipo de travessia, Bedwell também deseja homenagear McNally, morto pelo câncer, em 2017, ao trazer o recorde para a Inglaterra.

Fonte: Nossa 

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