O que acontece no seu corpo quando você está de ressaca?

Várias pessoas gostam de beber bebidas alcóolicas, seja apenas socialmente, com família e amigos, ou então para ficarem bêbadas. Independentemente da maneira como se bebe, uma coisa é quase universal: todos estão sujeitos a sofrer a temida ressaca. Acordar no outro dia com dores de cabeça e mal-estar está com certeza entre as piores coisas da vida. Mas mesmo sofrendo com a ressaca as pessoas não deixam de beber.

Com todas as comemorações de fim de ano e o próprio réveillon, as chances de as pessoas terem passado do ponto na bebida são grandes. E infelizmente não existe uma forma de eliminar a ressaca a não ser não beber, ou beber uma quantidade mínima.

E é de se esperar que a ressaca está ligada com a quantidade de álcool ingerida. Por isso que quanto maior for o consumo, maiores são as chances de ela aparecer. Tanto que, 75% das pessoas dizem já ter tido uma ressaca em parte das vezes que beberam além da conta.

O que acontece no corpo?

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Os efeitos da ressaca no corpo vão variar de pessoa para pessoa por conta da sensibilidade que ela tem ao álcool. Além disso, eles não são iguais em todas as vezes que existe o abuso da bebida.

Mesmo assim, é possível elencar alguns sintomas que são vistos com frequência. São eles:

• Dor de cabeça
• Desidratação e desequilíbrio eletrolítico
• Problemas gastrointestinais
• Hipoglicemia
• Alteração do sono e do ritmo circadiano
• Sintomas de abstinência

Cabeça parecendo que vai explodir

Mesmo que ela seja o sintoma mais comum da ressaca, ainda não se sabe totalmente o motivo dela acontecer. O que se sabe é que o álcool promove o alargamento dos vasos sanguíneos e isso ajuda para a dor de cabeça aparecer.

Corpo seca rápido

Por conta do álcool ter efeito diurético, as pessoas vão mais ao banheiro. Para se ter uma ideia, quatro doses podem levar à eliminação de 600 ml a 1.000 ml de água. Isso acontece porque o álcool inibe um hormônio antidiurético chamado vasopressina, por conta disso, os rins não conseguem reter água e isso aumenta a quantidade de urina.

A desidratação também vem  pela sudorese e perda de outros fluidos e minerais.

Sistema digestivo é bombardeado

O fígado produz uma enzima chamada álcool desidrogenase, que transforma a substância em acetaldeído, para conseguir metabolizar o álcool. Ele é um componente tóxico que ajuda na inflamação do órgão, do pâncreas, do cérebro, intestino e estômago.

Esses danos podem ter uma potência maior se o teor alcoólico da bebida for mais de 15%.

Reserva de açúcar no sangue despenca

No momento em que as pessoas estão bebendo, normalmente elas comem pouco. E o álcool no organismo provoca alterações no fígado e outros órgãos, o que tem como resultado a diminuição das taxas de açúcar, a conhecida hipoglicemia.

Sono vem, mas não tem descanso

O álcool tem um efeito sedativo a princípio. Por isso que ele pode ajudar o começo do sono, mas em seguida promove distúrbios em sua duração e qualidade. Além disso, o álcool também relaxa os músculos da garganta. Isso facilita o ronco e até a apneia.

Cérebro sente a falta do álcool

A priori, beber muito pode trazer a sensação de relaxamento e euforia. Contudo, na ressaca, a pessoa lida com uma substância depressiva do sistema nervoso central. Quando isso acontece, o cérebro pode tentar equilibrar a situação quando os níveis começam a diminuir e dão sintomas de abstinência.

Nesse ponto, tremores, sudorese e taquicardia podem aparecer, o que simula uma síndrome de abstinência.

Ressaca

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O fato é que realmente não existe um remédio ou receita mágica que seja capaz de prevenir ou curar a ressaca. Além disso, de acordo com especialistas, os sintomas podem chegar a durar entre oito e doze horas. E infelizmente, resta a quem estiver ressaqueado apenas esperar a sensação passar.

Mesmo assim, existem algumas coisas que são importantes de se fazer quando esse quadro se apresenta. Conforme pontuou Morinaga, é importante que a pessoa mantenha repouso, tente ter uma boa hidratação, evite jejum, mas fazer refeições leves, tome analgésicos e remédios contra enjoo.

Tudo bem que um tratamento não exista, mas será que existe prevenção? Nesse caso, a pessoa tem dois caminhos a seguir: ou ela não bebe de forma alguma, ou então bebe de forma moderada e sem excessos. Nesse caso também existem algumas dicas a seguir, conforme ressaltam os especialistas.

É importante evitar de beber com o estômago vazio e também evitar beber quando o sono não estiver regular. “Pessoas que bebem após período longo de privação de sono tendem a ter mais sintomas de ressaca”, alertou Morinaga. E claro, o que todos sabem, mas poucos colocam em prática, a hidratação enquanto bebe. O recomendável é beber um copo de água para cada dose de álcool. Isso ajudará a diluir o álcool no estômago e diminuirá as chances de a pessoa ficar intoxicada.

Fonte: VivaBem, G1

Imagens: Clique bem estar, Metrópoles