Notícias

O que é uma obra de arte? Picles tirado de hamburguer está à venda por 30 mil reais

0

Para você, o que é uma obra de arte? Provavelmente, você não respondeu que seria um picles coberto de catchup tirado de um hambúrguer. No entanto, o artista Matthew Griffin discordaria.

Isso porque ele colocou à venda, por US$ 6.000, cerca de R$ 30.600, uma obra de arte que se trata de uma fatia de picles tirada de um hambúrguer do McDonald’s, maior rede de fast food do mundo, pendurada no teto.

Assim sendo, o título da obra é “Picles” e, atualmente, está exposta no Michael Lett Gallery, em Auckland, na Nova Zelândia. De acordo com a exposição, a obra de arte é um gesto de provocação sobre o valor da arte.

“De maneira geral, artistas não são aqueles que decidem se algo é ou não arte. São eles que fazem e criam as coisas. Se algo é valioso e tem significado como um trabalho artístico é a maneira que nós coletivamente como sociedade escolhemos usá-lo ou falar sobre”, declara Ryan Moore, diretor da Galeria que está expondo a obra.

A exibição da obra fez o que o Picles foi pensado para fazer: gerou interesse e debates no local. Vale destacar que, caso alguém se interesse por comprar a obra de arte, além dos R$ 30.000, deverá desembolsar mais R$ 14,60 para levar o cheeseburger do McDonald’s.

Então, o dono da obra receberá instruções sobre como recriá-la no próprio espaço. No entanto, nas redes sociais, o debate foi intenso. Isso porque as opiniões se dividiram entre aqueles que levaram a discussão para um lado mais filosófico sobre o significado da arte enquanto outros riram da situação. Além disso, há quem acredite que tudo não passa de um absurdo e que quem pagasse aquele valor seria maluco.

Arte

A arte não é uma pintura linda com paisagens paradisíacas ou uma escultura que imita perfeitamente a figura humana. A arte é muito mais que isso. Em alguns casos, a obra de arte é algo estranho, que faz o espectador sentir uma série de emoções, que podem variar de confusão, divertimento até raiva e desgosto.

Telefone Lagosta (1936)

Jean-Pierre Muller/EPA

O movimento surrealista nas décadas de 1920 e 1930 defendia que as revoluções começam nos sonhos. Logo, inspirando-se em parte no pai da psicanálise, Sigmund Freud, os artistas começaram a criar arte a partir do inconsciente.

Assim, o Telefone Lagosta de Salvador Dalí é um exemplo icônico de uma de suas descobertas mais assombrosas, o “objeto surrealista”, uma coisa pronta ou combinação de coisas que fala de maneira obsessiva e inexplicável ao artista. Para Dalí, os telefones são mensageiros sinistros do “Além”, enquanto a lagosta é sexual. Com um telefone de lagosta, você pode discar um sonho.

Constantino (Século 4)

Eye Ubiquitous/Rex

Já os gigantescos restos de uma estátua do imperador Constantino, preservada no Museu Capitolino de Roma, assombram os sonhos dos artistas há séculos.

No século 18, Henry Fuseli retratou um artista “sobrecarregado” pelo estranho espetáculo da enorme mão de mármore de Constantino. Na década de 1950, o artista Robert Rauschenberg fotografou seu companheiro Cy Twombly ao lado das mesmas relíquias gigantescas. A simples escala desta estátua supera a razão; seus fragmentos são totalmente surreais.

Monogram (1955-59)

monogram obra de arte

Moderna Museet/Prallan Allsten

Quando Robert Rauschenberg encontrou um bode de pelúcia enquanto vasculhava lixões e lojas de antiguidades em Nova York, ele mal podia ignorar a carga sexual de seus chifres fálicos e associações mitológicas.

Isso porque, na Grécia antiga, sátiros com pernas de bode perseguiam ninfas pelas encostas; na arte cristã, o próprio diabo é caprino. Rausenberg completou este trabalho empurrando a cabra através de um pneu, como em algum ato sexual cósmico. O resultado é um dos mais estranhos e memoráveis ​​de todos os readymades.

Fonte: R7

Homem ensina a programar computadores com os pés

Artigo anterior

Ave bota ovo redondo e criadora coloca à venda

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido