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O resort nazista abandonado que se tornou destino de luxo

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Você teria coragem de se hospedar em um resort nazista abandonado em uma ilha? Se a palavra “nazismo” já parece assustadora, o que dirá um complexo de apartamentos idealizados pelo próprio Adolf Hitler. A primeira impressão é mesmo de assombro e de repúdio. Quem conhece o passado alemão e reconhece o movimento nefasto que foi o nazismo, tende a querer distância de tudo que possa estar envolvido nesse ideal cruel e desumano.

Mas, e se dissermos que o resort está sendo restaurado completamente para se tornar um refúgio de luxo e beleza? Afinal, o que compensa mais, deixar que um elefante branco continue a assombrar uma ilha tão linda à beira do Mar Báltico, ou revitalizar toda a área para empreendimentos econômicos e turísticos? Ponderemos essa situação conflitante.

O construção do resort nazista na ilha de Rügen foi idealizado por Hitler em 1936, ou seja, três anos antes da sua tropa invadir a Polônia e dar início a Segunda Guerra Mundial. O complexo construído foi chamado de “Prora” e esse balneário serviria como uma colônia de férias para os nazistas, tendo a capacidade de acomodar cerca de 20 mil pessoas.

Cada quarto disporia de uma vista para o mar e teria duas camas, um armário e uma pia. Estima-se que 9 mil trabalhadores colocaram as mãos nesse projeto. Isso até o início da grande Guerra, quando a construção teve de ser interrompida e por consequência, foi abandonada paulatinamente.

Embora o complexo tenha sido esquecido pelo tempo, ele continua sendo até os dias atuais, o maior resort turístico de todo o mundo. A extensão impressionante do prédio chega a mais de 4 quilômetros de extensão.

Em uma reportagem produzida pela Business Insider, o historiador Roger Moorhouse, explica que o balneário faraônico funcionava temporariamente para os funcionários que trabalhavam na obra, assim como seriam depois de prontos, um agrado turístico para os membros da Gestapo.

Moorhouse diz que “as fotos não fazem juz” à grandiosidade do empreendimento hitleriano. “É grande demais. É de longe uma das estruturas mais impressionantes do mundo.”

A história e seus monumentos são importantes, bem como a conservação histórica dos patrimônios. Mas, uma vez que o cenário do resort não presenciou nenhum terror da guerra, não faz sentido reconstruir todo o perímetro permitindo que a ilha volte a brilhar com alegria e beleza?

É justamente o que propõe a incorporadora alemã Metropole Marketing. Ela adquiriu o terreno em 2013 e agora transformará todo o espaço em um condomínio luxuoso. Alguns apartamentos serão permanentes e outros vão ficar disponíveis somente para o verão.

Até os nomes já foram escolhidos. Será respectivamente o “Prora Solitarie Home” e o “Prora Solitaire Hotel Apartments and Spa”.

O empreendimento não é para agora. A previsão da conclusão da obra está prevista para o ano de 2022. No entanto, a empresa já está comercializando os apartamentos. E os preços apesar de não serem populares, também não estão em uma faixa astronômica, como se espera de apartamentos de luxo.

Os valores variam entre US$ 400 mil até US$ 725 mil dólares (com a cotação atual, R$ 1.300.000,00 a R$ 2.356.000,00 reais). E mais, a ilha fica apenas à três horas de carro de Berlim, a capital alemã.

A estética idealizada pelos arquitetos será de um desenho moderno e contemporâneo. Com linhas racionalistas, seguindo o modelo da construção original. Todo o projeto vai ser assinado. E o luxo, a qualidade e a beleza estão garantidos no projeto.

As fotos impressionam pela classe e elegância. O mar é o ponto-chave para ampliar ainda mais o encanto do desenho. Afinal, seria uma pena desperdiçar uma vista assim, com um prédio abandonado pelos nazistas. A incorporadora com efeito, teve uma ideia brilhante e estratégica para o complexo.

E você? O que acha dessa proposta? Você se hospedaria nesse resort mesmo ele tendo passado pelas mãos de Hitler? Qual é a sua opinião quanto a construção do resort de luxo em cima do resort nazista abandonado? Não esqueça de deixar a sua opinião fazendo um comentário logo abaixo.

Uma lâmpada que está acesa desde 1901 e nunca apagou, será que é possível mesmo?

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