Ninguém jamais vai querer ter um membro do seu corpo amputado, não é mesmo? Cada parte do nosso corpo tem a sua função, e ninguém quer retirar nada, mas acontece, que alguns problemas de saúde, doenças e complicações em procedimentos cirúrgicos podem acabar resultando em uma lesão muito grave. Em muitos desses casos, pode haver a necessidade de amputar algum membro. Não se trata de uma escolha, muitas vezes a vida do paciente depende disso.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, no Brasil, são realizadas cerca de 78 mil amputações todos os anos. De todas elas, 70% são ocasionadas por complicações de diabetes e os 30% restantes, causados por acidentes. Então, não é algo raro de acontecer, infelizmente. Mas quando isso acontece, você já se perguntou o que acontece com o membro amputado? Como é o processo de amputação? Será que o paciente pode levá-lo para casa? Confira a seguir.
A amputação
A amputação geralmente acontece em última instância, quando não há nenhuma outra opção viável para o paciente. Quando literalmente a sua vida depende da retirada desse membro. “Assim como outras terapias, a amputação é uma forma de tratamento de diversos tipos de doenças. Há casos em que a retirada do membro é a melhor forma de tratar o problema vascular causado pela diabetes, por exemplo. Há também casos de traumas gerados por algum acidente em que a amputação pode servir para paralisar uma infecção”, explica o Dr. André Pedrinelli, que é ortopedista do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas, em São Paulo.
Depois do procedimento, as pessoas tendem a acreditar que o membro retirado é morto. O que não é necessariamente verdade, já que não é possível emitir um atestado de óbito para um braço ou uma perna, por exemplo. Nesses casos, o Ministério da Saúde instrui que o médico faça um relatório detalhando o procedimento e as causas. Após isso, o membro tem que ser encaminhando para algum lugar.
Segundo André, o destino do membro amputado varia de acordo com o tipo de doença. “Nos casos de tumor, por exemplo, amostras do membro são coletadas para investigação mais minuciosa. Após estudo e exames, o material vai para um tipo de incinerador dentro dos próprios hospitais. Já no caso de um trauma, a ‘peça’ pode ter um destino diferente, como o sepultamento”.
Destino do membro amputado
Os hospital tem as duas opções. A primeira, de enviar o membro amputado para ser incinerado, o que mais acontece. O segundo é dar ao paciente, para que ele o sepulte. Nesse caso, é preciso de um documento específico emitido pela unidade de saúde.
Com esse documento em mãos, o paciente ou a família deve procurar uma funerária para que ela retire o membro e o leve ao cemitério selecionado, bem como aconteceria com um cadáver. É necessário ainda uma caixa ou caixão, para realizar o sepultamento do membro. Os casos de sepultamentos são raros, mas ainda acontecem.
Mas e se a pessoa quiser levar o membro para casa, ela pode? Não. Isso porque no Brasil existe uma proibição de ter membros de seres humanos guardados em casa, de acordo com as Leis 6.437/77, 12.305/10 e até mesmo no código penal brasileiro.
Enfim, é isso que acontece com um membro quando amputado. Era o que você esperava? Conta para a gente nos comentários e aproveite para compartilhar com os seus amigos.
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