Por O mergulhador Paul-Henri Nargeolet, uma das cinco vítimas da implosão do submarino Titan no mês passado, passou por uma situação semelhante em uma viagem anterior, quando ficou preso debaixo d’água por três dias.
Segundo o jornal “Insider”, Christine Dawood, esposa do empresário paquistanês Shahzada Dawood e mãe de Sulaiman Dawood, que também faleceu no acidente, revelou o fato em entrevista.
Ela disse que Nargeolet fez uma apresentação sobre suas expedições anteriores. Eles se preparavam para a viagem, e o profissional contou que ficou preso por três dias durante uma expedição ao Titanic.
A esposa de Dawood também disse que, mesmo com essa história chocante de Nargeolet, seu marido estava animado com a expedição que realizariam.
Ela contou que o marido e seu filho absorviam tudo, com uma espécie de ‘brilho’ no rosto. Para eles, a aventura seria incrível. Infelizmente, terminou em desastre.
Via Le Monde
Mortes confirmadas
A Guarda Costeira dos Estados Unidos confirmou a morte dos ocupantes do submarino em 22 de junho, após a descoberta dos destroços, indicando uma implosão na cabine.
Além de Nargeolet, estavam a bordo do submarino o empresário britânico Hamish Harding, o empresário paquistanês Shahzada Dawood e seu filho, Sulaiman Dawood, bem como o CEO e fundador da OceanGate, Stockton Rush.
O comunicado oficial expressou condolências para as famílias, e não conseguiram resgatar nada dos restos mortais. A teoria de implosão impossibilitou essa recuperação.
Além disso, indicaram a dificuldade de lidar com essa situação, e, conforme palavras do contra-almirante John Mauger, comandante do Primeiro Distrito da Guarda Costeira, esperava que conseguissem algum conforto.
Relembre o que aconteceu
O submarino Titan zarpou em excursão para o Titanic no dia 18 de junho, domingo, visando explorar os restos do naufrágio. Ao todo, eram em cinco tripulantes, incluindo Nargeolet, especialmente sobre o assunto.
No entanto, poucas horas depois, perderam a comunicação com o submarino, e iniciaram buscas pelo transporte. Também começaram uma corrida contra o tempo, pois a quantidade de oxigênio disponível era de 96 horas.
Isso significava três dias embaixo da água, o mesmo tempo que Nargeolet afirmou ter conseguido ficar em seus tempos de exploração.
Contudo, a Guarda Costeira não localizou nenhum indicador durante a semana, enquanto mantinha esperanças de localizá-los com vida.
Quando os três dias se encerraram, o anúncio de sobrevivência se tornou impossível, assumindo o falecimento da tripulação. Entretanto, evidências mostraram que a equipe morreu antes de terminar o oxigênio.
Na descida do submarino, aconteceu uma implosão que destruiu parte do material, levando a tripulação à morte instantânea. Nesse caso, eles não puderam sentir nenhuma dor, ao contrário do que se imaginava.
Via New York Post
Negligência na segurança
Infelizmente, o submarino Titan não recebeu autorização para navegar, e o líder das inspeções e vistorias alertou sobre os perigos de zarpar com o transporte.
Sua composição era frágil, e não atendia aos critérios necessário. Nargeolet apenas conseguiu sobreviver três dias porque estava em um ambiente protegido, com estrutura sólida.
Enquanto isso, a proposta da OceanGate era mais frágil, e levou os tripulantes a descerem no oceano sem segurança. Essa negligência custou a vida de todos os participantes, que pagaram $250 mil dólares para participar da excursão.
No momento, a Guarda Costeira espera encontrar os destroços para explicar, ao menos, o que aconteceu com o submarino. Enquanto isso, as famílias e a comunidade de exploração lamentam o ocorrido, e esperam respostas para colocar um fim nesse assunto.
Além disso, a comunidade perde Nargeolet, um especialista no assunto e uma grande contribuição para estudos sobre o Titanic.
Fonte: CNN
Imagens: New York Post, Le Monde
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