Ao assistir a uma série de drama histórica, uma pergunta que sempre surge na cabeça dos espectadores é: o quão historicamente correto é essa produção? Não é diferente para a série de sucesso da Netflix Peaky Blinders, que já está em sua sexta temporada.
Em sua estreia da sexta e última temporada, no dia 27 de fevereiro, a audiência acumulou um número chocante de 3,8 milhões de pessoas. Se contar as primeiras 24 horas, o pico foi de 4,1 milhões de espectadores atentos.
Com isso, a pergunta ressurge sobre o contexto histórico no qual a série é ambientada e se os acontecimentos retratados são verdadeiros. A resposta simples para tal pergunta é que o criador Steven Knight formulou uma mistura cativante tanto de fato quanto de ficção, além da adição de algumas figuras históricas reais para ambientar Peaky Blinders no nosso mundo.
Pensando em separar o que é real e o que é ficção, preparamos uma lista para que você possa saber os detalhes históricos que contribuem para a ambientação de Peaky Blinders.
Os famosos chapéus dos Peaky Blinders são baseados diretamente no Peaky Blinders original. Para além de serem acessórios para enfeitar o corpo, eles eram quase um uniforme do grupo a até fez parte da formulação do nome da gangue.
Todos os integrantes usam o chapéu na série, o que até impulsionou a venda desse modelo de chapéu entre fãs.
Um grande movimento político que estava ganhando força tanto na série quanto na vida real era o movimento comunista na Rússia. Portanto, o medo do comunismo se espalhou por toda a Europa.
Logo, a série retratou a desconfiança da população muito bem, assim como o ódio que muitos tinham ao movimento. A Revolução Comunista ocorreu no início de 1917, liderada por Vladimir Lênin que, com seus aliados, demonstrou estar cansado da opressão ao proletariado e criou o movimento em prol de um país mais igualitário em que ninguém seria explorado. Com isso, criou-se a União Soviética, o primeiro país socialista do mundo, que durou até 1991.
Os dramas de Peaky Blinders se passam imediatamente após a Primeira Guerra Mundial, que contou com bastante participação da Inglaterra. Assim sendo, um elemento que os criadores da série conseguiram retratar bem é o clima da Inglaterra após o período conturbado, marcado por atividades ilícitas e práticas quase selvagens.
A guerra, que terminou com a derrota da Alemanha, resultou em mais de 20 milhões de mortos e outros 20 milhões de feridos.
Nesse período da história humana, as corridas de cavalos eram muito importantes. Isso porque eram amplamente proibidas! No entanto, os Peaky Blinders veem isso como uma oportunidade e se aproveitam do fato de as apostas juntarem bastante dinheiro.
Com isso, eles conseguem trazer lucros expressivos para a gangue, o que era uma prática comum entre as gangues da época. Dessa forma, o esporte surgiu antes, em 1689, quando alguns britânicos decidiram importar cavalos do Oriente Médio e da África.
Com o tempo, o esporte se tornou um dos mais tradicionais da região, o que levou a classe mais alta a apostar muito dinheiro em seus cavalos. Como consequência, isso tornava o esporte e a admiração dele algo reservado para um grupo seleto de pessoas com grande poder aquisitivo.
Um dos personagens mais odiados da série é Mosley, interpretado por Sam Claflin. Infelizmente, a figura de Oswald Mosley existiu na vida real também, sendo parte da história britânica como ex-parlamentar.
Os criadores retrataram Mosley de uma forma que condiz com o real, usando como base os registros da época. Dessa forma, o homem foi um dos líderes da extrema-direita fascista na Inglaterra e um ativista ávido contra a participação da Inglaterra na Segunda Guerra Mundial.
A Inglaterra lutava contra o avanço da Alemanha nazista na época e estava ciente da relação de Mosley com o então ditador da Alemanha, Adolf Hitler. Contudo, a influência dele na política britânica e seu tipo de fascismo caiu à medida em que a Grã-Bretanha se aliou com as potências do Eixo a partir de 1936.
Fonte: Tecmundo