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Plantaram sementes do tempo de Jesus e foi isso que nasceu em Jerusalém

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Nos tempos de Jesus, um tipo específico de palmeira era extremamente comum, em todo o território do atual Estado de Israel. A tamareira da Judéia foi cultuada por séculos, inclusive por conter propriedades medicinais, a ponto de se tornar um símbolo da região.

A tamareira (Phoenix dactylifera), é uma espécie dióica da família Arecaceae (anteriormente Palmae). Sua histórica se estende da Mauritânia, à oeste, ao Vale do Indo, à leste. Além disso, foi uma das principais culturas de frutas nas regiões quentes e áridas do Norte da África e do Oriente Médio. Foi também uma das primeiras culturas arbóreas domesticadas.

Registros arqueobotânicos sugerem que a mais antiga exploração e consumo data do período Neolítico Árabe, cerca de 7000 anos atrás. Já as evidências de cultivo, na Mesopotâmia e no Alto Golfo da Arábia, são diferentes. Nessas regiões, a presença da palmeira é datada de aproximadamente entre 6700 e 6.000 anos.

Segundo especialistas, foi, na Mesopotâmia e no Alto Golfo da Arábia, que deu-se origem a domesticação da tamareira de modo geral.

Papel histórico

As tamareiras da Judéia, ou palmeiras de tâmaras, no Levante do sul, ou seja, em Israel, Palestina e Jordânia, têm desempenhado, historicamente falando, um importante papel econômico na região. Além disso, também tiveram significado simbólico e religioso.

O Reino de Judá (Judéia), que surgiu na parte sul da histórica Terra de Israel no século 11 aC, era particularmente conhecido pela qualidade e quantidade dessa planta. Escritores clássicos aclamaram em relatos as tamareiras devido ao sabor doce e propriedades medicinais.

Embora evidências tenham apontado que a cultura da palmeira na Judéia continuou durante os períodos bizantino e árabe (século IV a 11), outros documentos revelam um cenário diferente. De acordo com tais documentos, no século XIX, não houve nenhum vestígio de que as plantações tenham permanecido.

A surpresa

Em 2008, cientistas relataram a germinação de uma semente, datada de 1900 anos. A semente foi recuperada de um local histórico de Massada, com vista para o Mar Morto. Aém disso, outras seis sementes de tâmaras antigas de locais arqueológicos do deserto da Judéia também germinaram.

As condições do deserto, quente e seco, foram certamente favoráveis à preservação das sementes, mantendo intacta a sua capacidade germinativa. Segundo uma análise morfométrica, os cientistas acreditam que o ressurgimento das palmeiras oferece uma oportunidade única de redescobrir as origens de uma população histórica que existia na Judéia há 2000 anos.

As características dessas tamareiras da Judéia podem esclarecer quais aspectos do cultivo antigo contribuíram para a qualidade de seus frutos. Esse renascimento, portanto, é extremamente relevante para o aprimoramento agronômico atual.

Das centenas de sementes de tâmaras antigas e outros exemplares botânicos recuperados de escavações realizadas no deserto da Judéia entre 1963 e 1991, 32 sementes de tâmaras bem preservadas dos sítios arqueológicos de Massada, Qumran, Wadi Makukh e Wadi Kelt foram, então, cultivadas novamente.

Curiosamente, o renascimento das tamareiras da Judéia também evoca a lenda de que as tâmaras chegaram à Israel, com os filhos do Êxodo. Ou seja, foram trazidas do Egito. Testes genéticos indicaram que a planta tem uma relação mais próxima com uma variedade egípcia. Os cientistas, agora, esperam ansiosos o nascimento desses exemplares para realizar novas pesquisas.

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