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Por que as pessoas brigam tanto pela internet?

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Desde que a internet se tornou popular, o ódio exposto online existe. Surpreendentemente, cada vez mais, as pessoas têm acesso fácil e rápido à grande rede de computadores, e esse tipo de comportamento agressivo dos internautas só tem aumentado. Isso acontece desde os primórdios da internet. Entretanto, em momentos específicos, isso fica ainda mais evidente. Atualmente no Brasil, dada a atual situação política, não precisa ir longe para entender do que estamos falando. Tanto nas redes sociais, quanto nos sites de notícia. Em suma, na internet, as pessoas se sentem mais seguras para falar o que pensam. Ademais, em muitos casos, isso significa apenas distribuir ódio gratuito. E é o que vemos diariamente na internet.

E essa situação tem tomado proporções gigantescas. O cyberbulling que o diga. Esse tipo de discussão e ofensa online tem saído do mundo virtual e ganhado consequências no mundo real. Tanto que crimes virtuais são investigados e punidos, como os crimes “reais” por assim dizer. A pergunta que fica é: por que as pessoas brigam tanto pela internet? Não é difícil imaginar, mas especialistas encontraram uma resposta para isso.

Ódio na internet

Atualmente, vivemos uma verdadeira guerra de ódio, nos tópicos de comentários na internet. O que, segundo os psicólogos, deve ser censurada pelos meios de comunicação online, porque esse tipo de verdade prejudica a sociedade por inteiro. E, principalmente, a saúde mental da população.

Hoje em dia, os comentários online “são extraordinariamente agressivos, sem resolver nada”, afirma o professor de psicologia, da Universidade do Texas, Art Markman. “No final, você não pode sentir que alguém o ouviu. Ter uma forte experiência emocional que não se resolve de maneira saudável não pode ser uma coisa boa”. Ademais, se essas brigas online são tão insatisfatórias e doentias, por que as pessoas continuam a se envolver nelas?

Vários fatores estão por trás de toda essa grosseria e agressão, vista em seções de comentários, em páginas da internet. Em síntese, para começar, o que é mais óbvio: o anonimato. A maioria desse conteúdo agressivos são praticados por perfis anônimos, o que oferece uma sensação de segurança e impunidade. Markman explica que “eles estão distantes do alvo de sua raiva – seja o artigo que estão comentando ou o comentário sobre o artigo – assim, eles tendem a antagonizar abstrações distantes mais facilmente do que interlocutores vivos e respiradores”.

Sem contar ainda que é muito mais fácil ser desagradável na escrita, do que na fala. Do mesmo modo, os comentários na internet não acontecem em tempo real. Os comentários podem funcionar como monólogos longos. Em suma esses, que são carregados de ódio e preconceito gratuito, onde esses indivíduos tendem a entrincheirar o seu ponto de vista, extremista.

“Quando você está conversando pessoalmente, quem realmente faz um monólogo, exceto as pessoas no cinema? Mesmo que você fique com raiva, as pessoas estão conversando de um lado para o outro e, eventualmente, você precisa se acalmar e ouvir para poder ter uma conversa”, explica Markman.

Influência

Para o professor de Ética em Jornalismo, da Universidade de Washington, Edward Wasserman, esse comportamento também está muito ligado aos maus exemplos dados pela mídia. A influência dos veículos de comunicação também tem um grande peso, quando se trata do ódio online.

“As pessoas compreensivelmente concluem que a raiva é o idioma político, que é assim que as ideias públicas são discutidas”, afirmou o professor, em um de seus artigos sobre o tema.

Em suma, para os especialistas, a comunicação nada mais é do que pegar a perspectiva de outra pessoa, entendê-la e responder. “O tom de voz e o gesto podem ter uma grande influência na sua capacidade de entender o que alguém está dizendo”, disse Markman. “Quanto mais longe você fica do diálogo em tempo real, mais difícil é se comunicar”.

Para o professor, os meios de comunicação têm papel fundamental para lidar com esse problema. “É valioso permitir que todos os lados de uma discussão sejam ouvidos. Mas não é valioso que ocorram ataques pessoais, ou que tenham mensagens com um tom extremamente irritado. Até mesmo alguém que está fazendo um argumento legítimo, mas com um tom irritado, está doendo a natureza do argumento, porque eles estão promovendo as pessoas a responderem da mesma forma”, afirmou. “Se em um site são deixados comentários que estão fazendo ataques pessoais da maneira mais desagradável, você está enviando a mensagem de que este é um comportamento humano aceitável”.

E você, o que acha desse assunto? Já foi vítima de ódio na internet? Conta para a gente nos comentários e compartilhe com os seus amigos.

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