A vontade do ser humano de explorar os ambientes que ele não conhece é vista de várias formas. Por exemplo, tanto o espaço como o oceano chamam bastante a atenção por um fator em comum: os dois são cheios de mistério. Contudo, o oceano ainda é um território praticamente inexplorado, com 80% ainda não estudado ou mapeado, conforme a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA). Mas isso pode estar prestes a mudar já que a China está desenvolvendo uma estação espacial subaquática.
O país entrou de vez na exploração oceânica com a construção da estação espacial subaquática a dois mil metros de profundidade no Mar do Sul da China. O projeto construído nas águas profundas de Guangzhou é descrito como uma “estação espacial submarina”.
Conforme o China Daily, seis cientistas ficarão um mês na estação para estudar o ecossistema marinho. O foco deles serão os ecossistemas de filtragens frias, que é um fenômeno natural que concentra quantidades grandes de hidrato de metano. Os cientistas focarão nele pelo fato de o gás ser tido como uma alternativa menos poluente do que os combustíveis fósseis tradicionais. Contudo, extraí-lo de uma profundidade tão grande é um desafio.
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Além desse estudo, a estação espacial subaquática também explorará minerais, como por exemplo, o cobalto, níquel e terras raras. Todos eles são estratégicos tanto para a indústria tecnológica como a energética.
Embora seja a China quem esteja desenvolvendo essa estação espacial subaquática, ela está aberta para colaborações internacionais e, de acordo com o Global Times, o país está alinhado com o Década das Nações Unidas para a Restauração dos Ecossistemas.
Mesmo com isso, a estação pode ser um motivo de acirramento das disputas no Mar do Sul da China pelo fato de o país reivindicar a soberania de grande parte dessa região. Tal fato já foi o motivo de atritos com países vizinhos que também tem vontade de explorar os recursos da área.
Segundo o El Confidencial, a estação espacial subaquática criada pela China será conectada a uma rede de fibra óptica instalada no fundo do mar e suportará pressões 200 vezes maiores do que as da superfície. E a base da estação terá submersíveis de última geração, embarcações de apoio e equipamentos para monitorar quatro dimensões da região.
Fonte: Xataka
Imagens: IGN