Curiosidades

Por que se recorre a música para ajudar no tratamento de doenças neurológicas?

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música tem o poder de nos levar para outro lugar, mudar nosso humor, nos fazer lembrar de algum momento específico na nossa vida ou de alguém. Todos nós temos uma trilha sonora da nossa vida e músicas que marcaram nossa história. E com certeza todo mundo tem uma música preferida, aquela que se tocar você aumenta o volume e canta com toda a vontade.

Além disso, a música pode nos ajudar em tarefas do cotidiano, e dependendo da música, a nossa produtividade pode até aumentar, ou também diminuir. Cada música tem seu próprio gatilho do que despertar em nós.

E quando se ouve a sua música preferida ela tem um efeito bastante poderoso no cérebro humano. Seja cantar, tocar um instrumento ou ouvir música mostrou ativar várias áreas do cérebro que controlam a fala, o movimento e a cognição, a memória e a emoção. Várias das vezes, se ativou essas áreas ao mesmo tempo.

Estudo

O estudo também sugeriu que a música pode aumentar fisicamente a massa cerebral. Isso poderia ajudar o cérebro a se reparar. Contudo, o curioso é o impacto que a música pode ter mesmo nos casos onde o cérebro pode não estar funcionando como deveria.

Um exemplo disso, de acordo com o mostrado nos estudos, é que para as pessoas com Alzheimer, a música várias vezes pode desencadear uma reação ajudando os pacientes a acessarem memórias que estavam perdidas anteriormente.

Existem também evidências de pacientes que sofreram danos cerebrais e perderam a capacidade de falar que conseguem cantar uma música quando ela é tocada.

Música

Justamente por conta desses efeitos poderosos, pesquisadores estão investigando se ela pode ser usada no tratamento de várias condições neurológicas diferentes. Como por exemplo, derrame, doença de Parkinson ou lesão cerebral.

Um dos tratamentos que está sendo bastante estudado atualmente é a musicoterapia neurológica. Ela funciona um pouco como a fisioterapia ou a fonoaudiologia. Isso porque, também visa ajudar os pacientes a conseguirem controlar os sintomas e conseguir funcionar melhor em seu cotidiano.

Nas sessões se usa exercícios musicais ou rítmicos para ajudar os pacientes a recuperarem as habilidades funcionais. Por exemplo, os pacientes que estão reaprendendo a andar depois de um acidente podem caminhar no ritmo da música durante a sessão.

Possível tratamento

Até o momento, esse tipo de terapia tem sido promissor na ajuda dos sobreviventes de derrame em recuperar a linguagem, melhorar sua caminhada e os movimentos físicos. Ela funcionou melhor do que as terapias convencionais.

Por isso, os pesquisadores também investigam se a musicoterapia neurológica pode tratar outros distúrbios do movimento, como por exemplo, a doença de Parkinson.

Se comparado com a terapia sem música, a musicoterapia neurológica mostrou melhorar a caminhada e diminuir os momentos de congelamento nos pacientes com Parkinson.

Os estudos também investigaram se essa terapia poderia tratar problemas cognitivos em pessoas que sofreram lesão cerebral traumática ou tem a doença de Huntington.

Nesses casos, a musicoterapia neurológica se concentra na ativação e estimulação de áreas do cérebro que podem ter sido danificadas, como por exemplo, o córtex pré-frontal. Essa área é responsável pelo planejamento, tomada de decisão, resolução de problemas e autocuidado ao controle.

Observações

Um estudo de pesquisa descobriu que esses tipos de atividade melhoram a concentração e atenção dos pacientes com lesão cerebral traumática. Isso tem um impacto positivo no seu bem-estar e diminui os sentimentos de depressão ou ansiedade.

Se pensa que o motivo pelo qual a musicoterapia neurológica funciona é porque a música pode ativar e simular várias partes diferentes do cérebro ao mesmo tempo. Além disso, se acredita que a música tem efeitos duradouros no cérebro. E isso é tão verdade que o cérebro de um músico está, na realidade, mais bem conectado do que as pessoas que nunca tocaram música.

Por mais que se precise fazer mais estudos antes se use a musicoterapia neurológica de forma ampla nos sistemas de saúde, esses primeiros resultados mostram o quanto essa terapia pode ser promissora.

Fonte: https://www.sciencealert.com/why-we-re-turning-to-music-to-help-treat-neurological-conditions

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