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Quanto tempo um cérebro pode ficar vivo sem o corpo?

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Que o cérebro é a parte mais importante do nosso corpo, disso todo mundo sabe. Mas algo que ninguém sabe com certeza é decifrar a morte e tudo o que vem com ela. Por exemplo, o que se sucede quando uma pessoa é decapitada, ou seja, tem a sua cabeça cortada do seu corpo. O seu cérebro continua em funcionamento? E se sim, por quanto tempo? Essa é uma questão que a ciência vem há anos tentando responder.

Existem relatos históricos de cabeças decepadas que supostamente mostraram sinais de consciência. O caso de Anne Boleyn, foi um desses, aparentemente ela tentou falar depois de ter a sua cabeça decapitada. Mas essas histórias são provavelmente falsas. Ou será que há alguma evidência científica que prove que uma cabeça possa permanecer “viva” depois de separada do seu corpo? Bem, nos últimos anos, houve um interesse significativo por esse assunto. Principalmente, depois do primeiro transplante de cabeça humana do mundo.

O cérebro

Para funcionar em sua plenitude, o cérebro e suas estruturas precisam de oxigênio. Tanto que o cérebro humano é responsável por cerca de 20% de todo o oxigênio usado pelo nosso corpo. Então, uma vez cortado, os vasos sanguíneos no pescoço, esse suprimento de oxigênio é interrompido. Então, qualquer oxigênio, que permaneça no sangue e nos tecidos do cérebro, após um golpe fatal será usado para mantê-lo funcionado. Mas não por muito tempo, afinal, ele é finito.

O movimento, por outro lado, só seria possível em tecidos ou estruturas ainda presas à cabeça. Ou seja, os músculos para mover os olhos ou a boca, porque os nervos, que fazem esses movimentos, ainda estariam conectados.

No entanto, com pesquisas recentes, o entendimento dessa área se voltou para o que as pessoas vivenciam em experiências de morte ou quase morte. Não necessariamente em casos em que a cabeça é separada do corpo. Por exemplo, pessoas que sofreram ataque cardíaco ou parada cardíaca. Elas já descreveram eventos, que estavam acontecendo com elas e ao seu redor, durante o processo de ressuscitação. Isso sugere então que, mesmo que o coração possa não estar batendo, o cérebro ainda está consciente de tudo ao seu redor. Mesmo quando não há nenhum sinal clínico de consciência.

Funcionamento após a morte

Estudos na área já demonstraram atividades no cérebro, até 30 minutos depois que o coração para de bater. No caso de seres humanos, a atividade cerebral é tão grande a ponto de ser detectada por um eletroencefalograma. Em pesquisas feitas em outros organismos, sugeriu-se que, mesmo depois de 48-96 horas após a morte, ainda há atividade gênica.

No entanto, ainda é necessário mais pesquisas aprofundadas em seres humanos, para definir exatamente qual é a atividade que está sendo detectada no cérebro, após a morte.

Porém, o que se sabe é que a captação de oxigênio e a presença de atividade elétrica são consideradas evidências de que o cérebro ainda está “vivo”. Mas como não há ainda uma maneira de recolocar a medula espinha cortada, no caso de decapitação, fica difícil julgar se o cérebro ainda está consciente ou em pleno funcionamento.

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