Curiosidades

Quem traiu Anne Frank?

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Anne Frank veio a se tornar um dos maiores e mais notórios símbolos das vítimas do Holocausto. A menina judia foi descoberta por oficiais alemães, em seu esconderijo. Ela acabou sendo deportada para o campo de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha, onde morreu aos 15 anos de idade. E até hoje, 75 anos após ser capturada, os historiadores ainda tentam descobrir como os nazistas a encontraram.

Anne, juntamente com o seu pai, Otto, sua mãe, Edith, e sua irmã mais velha, Margot, viveram mais de dois anos em um esconderijo secreto, em um prédio de Amsterdã, na Holanda. Tudo isso para escapar dos nazistas que ocupavam o país, durante a Segunda Guerra Mundial. A família Frank, junto de outra família judia, os Van Pels e um dentista amigo do casal, ficaram ali até que foram descobertos pelos nazistas. E depois de serem localizados, eles foram enviados para campos de concentração, em 1944. Historiadores ainda procuram identificar um possível traidor ou descobrir se os Frank foram descobertos por um acaso.

Traição ou não?

O Diário de Anne Frank foi escrito pela garota dos seus 13 aos 15 anos. Hoje é o texto mais lido para entender o que realmente foi o Holocausto. Sendo assim, compreender como ela e sua família foram capturados, em seu esconderijo, em 1944, é um tema de discussão entre estudiosos até hoje.

Cientistas de dados, historiadores e até uma equipe forense estão envolvidos nesse caso. Uma longa busca para descobrir um possível traidor ou, talvez, se a família foi realmente encontrada por um acaso.

Para a Holanda, a história de Anne Frank tornou-se uma narrativa do envolvimento dos holandeses, se arriscando para ajudar os mais necessitados, durante a ocupação nazista, na Segunda Guerra Mundial. E de fato, o que aconteceu com Anne e sua família ultrapassa a relação de cumplicidade dos holandeses em relação à Alemanha nazista. Até porque, 80% da população judia holandesa foi massacrada durante a guerra. OUm número que se tornou a segunda maior porcentagem de mortes judias, depois da Polônia.

“A Holanda acalentou a ideia de heroísmo”, afirma Emile Schrijver, do Museu Histórico Judaico e do Bairro Cultural Judaico, em Amsterdã. “Levou uma geração inteira para chegar a um acordo de como ser um perpetrador e ser um espectador mais do que qualquer outra coisa”.

Até hoje, mais de 30 pessoas se tornaram suspeitas de ter traído Anne Frank e sua família. No entanto, não foi encontrada nenhuma prova que comprovasse o envolvimento dessas pessoas.

Suspeitos

Entre os acusados de uma suposta traição, está um funcionário do armazém, onde eles estavam escondidos. No entanto, mesmo depois de duas investigações, não conseguiu se provar que ele era culpado. Wilhelm Geradus van Maaren afirmava, constantemente, que não era um informante. Como não foi encontrada nenhuma evidência que o incriminasse, ele não chegou a ser acusado.

Outra suspeita foi Lena Hartog-van Bladeren, que ajudou a exterminar as pragas, no depósito do armazém. Embora algumas pessoas digam que ela suspeitava que tinham pessoas escondidas no armazém, nunca ficou provado que ela sabia sobre pessoas escondidas, antes do ataque.

A lista de suspeitos ainda continua. Porém, sem nenhuma evidência que possa provar ou refutar o envolvimento de quem quer que seja. Para Gertjan Broek, pesquisador da Casa de Anne Frank, existe uma possibilidade de que os Frank não foram realmente traídos. Eles poderiam ter sido apenas descobertos por acidente.

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