História

A rainha guerreira angolana que lutou contra mercadores de escravos

0

Pouco se fala a respeito da presença e da atuação das mulheres. Principalmente, se estas forem mulheres negras. No entanto, as mulheres negras vivem e lutam por seu espaço e atuação. Uma dessas mulheres, inclusive, foi Nzinga Mbandi, um dos maiores símbolos da resistência africana à colonização.

Rainha de Ndongo, atual Angola, Nzinga não atuou apenas como governadora do reino. Foi também diplomata e extremamente estrategista no que diz respeito à defesa de seu povo. A mulher fez tudo que estava a seu alcance para evitar que os portugueses dominassem Ndongo. Se batizou em outra religião, usou adereços de outra cultura e utilizou de todos os artifícios possíveis para manter os portugueses longe e fora do controle.

Como chegou ao trono

Nzinga, também conhecida como Ginga, Jinga, Singa e Zhinga nasceu em 1583. Era filha do rei Ngola Kiluanji, e durante o reinado do pai, ela pôde acompanhar de perto suas estratégias de guerra e também de governo. Com isso, ela e o irmão puderam acompanhar de perto os riscos que a colonização portuguesa poderia trazer ao país.

Quando o pai de Nzinga morreu, seu irmão Ngola Mbandi assumiu o poder. Sabendo da inteligência e habilidades da irmã, pediu sua ajuda para manter os portugueses longe. No entanto, sem que isso levasse a um grande conflito. Nzinga então foi enviada a Luanda para estabelecer as relações diplomáticas.

Como dissemos acima, ela fez tudo o que estava ao seu alcance para manter essas relações. Uma das coisas que fez foi se converter ao cristianismo, aceitou o batismo católico e se tornou Ana de Souza para os portugueses. Tudo isso para ganhar a confiança dos portugueses e claro, para ajudar em seu jogo político.

Rainha Nzinga

Cerca de dois anos após ter sido enviada para Luanda, seu irmão morreu. Muitas pessoas acusaram Nzinga de ser responsável pela morte do rapaz. Mesmo assim, ela enfrentou as especulações e reivindicou seu direito pelo trono. De início, a rainha enfrentou dificuldades para legitimar seu reinado.

No entanto, a mulher utilizou todas as suas ferramentas para conseguir legitimar seu reino. Durante 40 anos, a mulher conseguiu manter os portugueses longe do controle. Inclusive, vestindo roupas masculinas e indo para os campos de batalha. Sua atuação foi tão forte e incisiva que a Angola só foi dominada após sua morte.

15 curiosidades sobre Poseidon, o deus dos mares

Artigo anterior

Você consegue se lembrar do nome desses 20 desenhos do Bom Dia & Companhia? [Quiz]

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido