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Saiba como era esconderijo onde viveu Anne Frank

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Nomeado como de “anexo secreto”, o refúgio da alemã Anne Frank ficava nos fundos do prédio da empresa do pai da garota, em Amsterdã, na Holanda.

No local, a família Frank e outras quatro pessoas, todos judeus, viveram clandestinamente, tentando se esconder dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. O local foi eternizado através do diário da pequena Anne.

As histórias contadas no diário foram encerradas três dias antes de o lugar ser descoberto. Em 4 de agosto de 1944, os moradores do esconderijo foram levados para o campo de concentração de Auschwitz, na Polônia.

Anne, então com 15 anos, e sua irmã Margot, morreram de tifo no campo de Bergen-Belsen, na Alemanha, em 1945. Apenas o pai, Otto Frank, sobreviveu. Ele foi responsável pela publicação do diário da filha, que vendeu mais de 30 milhões de exemplares no mundo. 

O anexo secreto 

Foto: Superinteressante/ Reprodução

“O esconderijo ficava no prédio do escritório do papai”, escreveu Anne em 9 de julho de 1942, três dias depois da família Frank se mudar para o local. O edifício tinha dois andares, com escritórios, moinho e depósito de grãos. Na parte de trás ficava o “anexo secreto”. 

1) Armário discreto

“Ninguém jamais suspeitaria da existência de tantos cômodos por trás daquela porta cinza e lisa”, escreveu Anne em 9 de julho de 1942. Logo depois da família Frank se mudar para o anexo, uma estante de livros foi colocada na frente da porta. Isso tornou o esconderijo um lugar quase invisível.

2) Distúrbios no sono

“A hora de dormir começa sempre com enorme agitação. Cadeiras são arrastadas, camas puxadas, cobertores desdobrados…”, escreveu Anne Frank no dia 4 de agosto de 1943. À noite, a sala comum se tornava o quarto da outra família que morava no local, os Van Pels, e de Fritz Pfeffer, amigo dos Frank.

3) Alimentação

As famílias que ficavam no esconderijo tinham no máximo meia hora para almoçar, pois era quando os funcionários do armazém estavam fora e podiam fazer um pouco de barulho. O cardápio geralmente era baseado em batatas, enlatados e sopas, que os amigos da família compravam em mercados clandestinos e deixavam no refúgio.

4) Banho semanal

O banho era tomado apenas aos domingos, de manhã. Como não havia chuveiro no esconderijo, o banho era de canequinha, dentro de uma tina com água aquecida. Cada um usava um local diferente, Anne relata que o dela era no “espaço toalete do escritório”.

5) O diário

Anne fazia seu dever de casa logo depois do almoço. A garota estudava línguas, história, taquigrafia ou qualquer outro curso que se pudesse comprar por correspondência. Nesse horário, Anne também escrevia em seu diário.

Há 80 anos, Anne Frank ganhava o diário que a imortalizaria

Foto: ADN-Bildarchiv/ ullstein bild/ Getty Images

No dia 12 de junho de 2022, completou 80 anos de quando Anne Frank ganhou o diário que imortalizaria a sua história.

Em 12 de junho de 1942, em Amsterdã, Anne Frank acordou ansiosa porque era o dia do seu aniversário de 13 anos e ela não comemorava a data a dois anos, devido à ocupação nazista em 1940 e em 1941, porque sua avó precisou ser operada. Apesar das coisas não estarem melhores naquele ano, a casa amanheceu alegre no dia do aniversário da jovem.

Naquele domingo, Anne ganhou do seu pai o diário que a faria ser conhecida no mundo inteiro. “Espero poder contar tudo a você, como nunca pude contar a ninguém, e espero que você seja uma grande fonte de conforto e ajuda”, Anne Frank escreveu em sua primeira página.

Dias depois, a garota escreve sobre o motivo de ter passado um tempo sem escrever.  “Ter um diário é uma experiência realmente estranha para uma pessoa como eu. Não somente porque nunca escrevi nada antes, mas também porque acho que mais tarde ninguém se interessará, nem mesmo eu, pelos pensamentos de uma garota de 13 anos”, narra a página preenchida no dia 20 de junho.

Mas o que Anne Frank esperava ser o seu confidente, se tornou um dos principais documentos do Holocausto. Isso porque em 8 de julho, menos de um mês de seu aniversário, Anne já escrevia de dentro do esconderijo.

Fonte: Superinteressante, Terra

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