O nosso planeta é extremamente grande e, é claro, diverso. É impossível falar sobre diversidade no mundo sem citar os animais, já que estão por toda parte e existem milhões de espécies. Justamente por essa diversidade que não se sabe tudo sobre os animais. E até mesmo alguns que podem parecer comuns são capazes de surpreender, como no caso dos tatus.
Eles são mamíferos originários da América do Sul, cujo nome, em espanhol, significa “pequeno blindado”. Tal tradução é super adequada já que a carapaça deles, que é formada por placas ósseas cobertas de queratina, serve como proteção contra os predadores e é uma das coisas mais lembradas quando se fala em tatus.
Ao todo existem aproximadamente 20 espécies identificadas que variam, de forma significativa, em tamanho, comportamento e habitat. Além disso, elas também são alvo de uma grande preocupação. Isso porque segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), duas espécies são classificadas como vulneráveis, incluindo o tatu-bola brasileiro, e cinco estão perto da ameaça de extinção.
Um só planeta
1 – Sono de 16 horas por dia
Como os tatus são noturnos, eles passam até 16 horas dormindo, normalmente em tocas. As tocas raramente são compartilhadas com outros tatus, mas podem ser compartilhadas com outros animais, como jabutis, cobras e ratos.
2 – Somente duas espécies viram bola
Contrariando o imaginado por muitas pessoas, nem todos os tatus conseguem “virar” bola. Quem faz isso é somente duas espécies do gênero Tolypeutes conhecidas como tatu-de-três-faixas-brasileiro e tatu-de-três-faixas do sul. As outras espécies tem várias placas ósseas nas carapaças, o que faz com que a flexibilidade dela seja impossível.
3 – Maior espécie
O maior indivíduo existente é o tatu-canastra (Priodontes maximus) podendo chegar a 1,8 metro de comprimento e pesar entre 20 a 59 quilos, na natureza, e 80 quilos em cativeiro. Além disso, as garras dianteiras dele chegam a 20 centímetros de comprimento e são as maiores de todos os mamíferos que são conhecidos.
4 – Menor espécie
O tatu-fada-rosa (Chlamyphorus truncatus) é o menor tatu de todos com entre 10 a 15 centímetros e pesando aproximadamente 100 gramas. Além do seu tamanho, a espécie é conhecida por sua armadura de tom rosado e uma placa vertical em sua garupa que ele usa para preencheras tocas.
5 – Gritar como forma de defesa
Além da armadura, o tatu-peludo-gritador (Chaetophractus vellerosus) consegue se defender fazendo vocalizações extremamente altas parecidas com alarmes. Essa espécie é caçado por conta da sua carne e da sua carapaça, mesmo assim, a IUCN a classifica com uma preocupação menor por conta da sua área de distribuição grande. Ela inclui regiões da Bolívia, Paraguai, Chile e Argentina.
6 – Bons nadadores
Outro fato que muitas pessoas podem nem imaginar sobre os tatus é que ele são ótimos nadadores e podem prender a respiração por até seis minutos. Eles podem caminhar no fundo dos riachos e, quando estão em corpos de água maior, eles engolem ar para conseguir flutuar e nadar como cachorros.
7 – Transmissores da doença de Hansen
Os tatus são capazes de transmitir a Doença de Hansen, conhecida antigamente como lepra, para os humanos. A bactéria causadora da doença consegue prosperar nesses animais por conta da baixa temperatura corporal deles. A transmissão acontece quando as pessoas comem a carne do tatu ou então, em alguns casos, inalam os esporos fecais dele.
Fonte: Um só planeta
Imagens: Um só planeta