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Sinal de suposto meteoro com tecnologia alienígena pode não ter vindo do espaço

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Um meteoro é uma enorme rocha espacial que, ao entrar na atmosfera terrestre, pega fogo. Essa, se conseguir se chocar com o planeta, é capaz de causar uma vasta destruição. Cada rocha que cai naturalmente na Terra torna-se, de forma inevitável, um meteoro, seja de maior ou menor intensidade. E, às vezes, quando eles entram em nossa atmosfera e chegam até nós, podem causar eventos espantosos e fascinantes ao mesmo tempo.

Vários cientistas estudam essas rochas, como por exemplo, Avi Loeb, um pesquisador que é bem questionável nos estudos astronômicos. Ano passado, ele fez a alegação de que esferas estranhas que foram encontradas no fundo do oceano pacífico eram, na verdade, parte de um meteoro interestelar.

Se essa descoberta realmente for confirmada ela pode ser revolucionária. Isso porque se sabe somente da existência de dois objetos desse tipo e ambos estão longe da Terra. Contudo, novos indícios podem ser um banho de água fria nessa hipótese.

História do meteoro

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Tudo começou em 2014 quando um meteoro entrou na atmosfera do nosso planeta. Para conseguir detectar a velocidade dele, os pesquisadores usaram dados de um sismógrafo na Ilha Manus, em Papua Nova Guiné. Depois disso, eles conseguiram determinar que ele era interestelar.

Essa ideia ganhou mais força em 2022 quando os militares dos EUA confirmaram esses supostos dados. Contudo, outros estudos mostravam que a velocidade do meteoro teria sido subestimada e que não existiam dados concretos para afirmar que a rocha que entrou no nosso planeta era realmente um objeto de fora do sistema solar.

Então, a equipe de Loeb foi mais longe e coletou esferas no fundo do oceano que, cruzando com os dados do sismógrafo, supostamente eram parte do meteoro. De acordo com a análise feita pelos pesquisadores, o material visto nelas tem elementos que são desconhecidos que mostram uma “tecnologia de origem extraterrestre”.

Essas descobertas foram vistas pela comunidade científica desde sempre com um descrédito por conta do histórico de Loeb e as poucas evidências que as esferas realmente eram parte de um meteoro interestelar.

Dados podem estar errados

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Como se não bastasse o descrédito da comunidade científica, um novo estudo mostrou que os dados do sismógrafo que a equipe de Loeb usou podem estar errados.

O estudo foi feito pela Universidade Johns Hopkins mostrou que, na verdade, os dados eram de um caminhão que estava passando por uma estrada perto do local. Além disso, ele também diz que o meteoro caiu em um local totalmente distante de onde os supostos fragmentos foram encontrados.

“A localização da bola de fogo estava, na verdade, muito longe de onde a expedição oceanográfica foi para recuperar esses fragmentos de meteoros. Eles não apenas usaram o sinal errado, mas também estavam procurando no lugar errado”, disse Benjamin Fernando, sismólogo planetário da Johns Hopkins.

“É realmente difícil captar um sinal e confirmar que não é de alguma coisa. Mas o que podemos fazer é mostrar que existem muitos sinais como este e mostrar que têm todas as características que esperaríamos de um caminhão e nenhuma das características que esperaríamos de um meteoro”, continuou.

A equipe de Fernando usou dados de estações na Austrália e em Palau feitas para detectar ondas sonoras provenientes de testes nucleares, e conseguiu identificar uma localização mais provável para o meteoro. Ela seria a mais de 160 quilômetros do lugar que foi investigado inicialmente.

“O que quer que tenha sido encontrado no fundo do mar não tem nenhuma relação com este meteoro, independentemente de ser uma rocha espacial natural ou um pedaço de uma nave espacial alienígena – embora suspeitamos fortemente que não eram alienígenas”, acrescentou Fernando.

Fonte: Olhar digital

Imagens: Olhar digital

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