Ciência e Tecnologia

TAP: o dispositivo que coleta sangue sem dor

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Um dispositivo desenvolvido pela startup Seventh Sense Biosystems, localizada em Massachussets, nos Estados Unidos, é utilizado para tirar sangue sem causar dor ao paciente. Para aqueles que têm medo de agulha e sofrem quando precisam fazer exames, o dispositivo, chamado de TAP (Touch Activated Phlebotomy ou Flebotomia Ativada pelo Toque) pode ser a solução.

O apetrecho, que é bem pequeno, não é isento de itens perfurantes. No entanto, são utilizadas 30 agulhas muito finas e que em nada se assemelham à agulha dos exames de sangue comuns. Nos exames realizados em laboratório, o profissional responsável utiliza uma agulha mais grossa e que entra diretamente na veia do paciente. Agora, com o TAP, é possível realizar o procedimento sem causar dor, conforme informou a empresa. 

Como o sangue é coletado?

Para usar o dispositivo,  que é do tamanho de uma bola de golfe, um processo simples deve ser realizado. O profissional responsável pelo manuseio do TAP precisa limpar a área do braço, prender o apetrecho ao paciente e apertar um botão. Com isso, as 30 agulhas muito finas penetram as camadas mais superficiais da pele e iniciam a coleta do sangue. 

Seventh Sense Biosystems

O procedimento dura cerca de 2 minutos. “Eu realmente não sinto nada”, disse Jessica Wakefield, que é uma funcionária da empresa e que ficou responsável pela demonstração de como funciona o TAP. Segundo ela, nenhum nível de dor é sentido durante o procedimento.

Características do TAP

O aparelho foi projetado para coletar 100 microlitros de sangue, que é a quantidade mais comum para exames feitos pelos norte-americanos. Além disso, cada TAP é de uso único, ou seja, não há capacidade de reutilização. As agulhas ficam protegidas no dispositivo e, após o uso, elas não “saem” novamente.

Segundo o diretor-executivo do Seventh Sense, Howard Weisman, o apetrecho é simples ao ponto dos próprios pacientes realizarem a coleta das amostras de sangue em casa. Para Weisman, “o TAP tem o potencial de transformar a coleta de sangue”. Isso porque, segundo ele, com o dispositivo, o monitoramento da saúde se torna mais fácil tanto para os profissionais de saúde como para os pacientes.

Seventh Sense Biosystems

Um dos planos da empresa é aumentar as capacidades do TAP integrando um chip digital, de forma a facilitar ainda mais a coleta de sangue. Com o chip, o apetrecho poderia registrar digitalmente quando uma amostra de sangue foi coletada, o que seria útil quando os pacientes em áreas remotas precisassem enviar suas amostras para um laboratório.

Outro ponto a ser aprimorado e que faz parte do desejo da empresa é o envio de um sinal por Bluetooth quando o dispositivo for ativado. Sendo assim, os laboratórios poderiam ter controle sobre as condições em que o sangue foi colhido e receber os dados de forma rápida e sem tanta burocracia.

Da mesma forma, em um futuro não muito distante, é provável que os médicos possam analisar as amostras e rapidamente obter uma análise completa. Caso isso se torne real, o tempo de espera dos profissionais em relação aos laboratórios será bem menor e os pacientes poderão ser tratados mais cedo.

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