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Tipo de sinal nunca visto antes foi detectado no cérebro humano

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cérebro é, sem dúvidas, um dos órgãos mais importantes, complexos e incríveis do corpo humano. Ele é o responsável por tudo que fazemos. Pela forma com que percebemos o que está em nossa volta, por guardar informações, por desenvolver sentimentos, enfim, são inúmeras suas funções. É tão verdade que, se alguma coisa estiver errada, por menor que seja, podemos ter grandes problemas.

Esse órgão pesa cerca de 1,4 quilos, mede 14 centímetros de largura, 13 de altura e representa apenas 2% do peso corporal. Mesmo sendo tão pequeno, contêm todas as informações de nossas vidas, escondendo os maiores mistérios.

Tanto que, agora, os cientistas descobriram uma forma única de mensagem celular que acontece no cérebro humano que nunca tinha sido vista antes. Essa descoberta sugere que o cérebro humano pode ser unidades de computação bem mais poderosas do que se imaginava.

Sinal

No começo de 2020, pesquisadores de institutos na Alemanha e na Grécia mostraram um mecanismo nas células corticais externas do cérebro que produz um sinal novo graduado por conta própria. Esse sinal poderia  dar aos neurônios individuais uma outra forma de fazer suas funções lógicas.

Então, os neurocientistas mediram a atividade elétrica em seções de tecido removidas durante a cirurgia em pacientes epilépticos e analisaram sua estrutura. Com isso, eles descobriram que as células individuais no córtex usavam não somente os íons de sódio normais para disparar, mas também o cálcio.

Foi essa combinação de íons carregados positivamente que desencadeou ondas de voltagem que nunca tinham sido vistas antes. Elas são conhecidas como potenciais de ação dendrítica mediados pelo cálcio, ou dCaAPs.

Os cérebros , principalmente o humano, é bastante comparado com computadores. Isso porque os dois usam o poder de uma voltagem elétrica para fazer várias operações. Nos computadores, ela tem o formato de um fluxo simples de elétrons.

Cérebro

Já nos neurônios, o sinal vem na forma de uma onda de abertura e fechamento de canais que trocam partículas carregadas. Como por exemplo, sódio, cloreto e potássio. Esse pulso de íons é chamado de potencial de ação. E ao invés de transistores, os neurônios gerenciam mensagens quimicamente no final dos ramos que são chamados dendritos.

“Os dendritos são fundamentais para a compreensão do cérebro porque estão no cerne do que determina o poder computacional de neurônios individuais”, disse o neurocientista da Universidade Humboldt, Matthew Larkum, na Associação Americana para o Avanço da Ciência em janeiro de 2020.

Isso porque, eles são os semáforos do nosso sistema nervoso. E se um potencial de ação for significativo o suficiente, ele pode ser transmitido para outros nervos que podem bloquear ou transmitir a mensagem.

“Houve um momento ‘eureka’ quando vimos os potenciais de ação dendrítica pela primeira vez”, disse Larkum.

Observações

E para ter a certeza de que qualquer descoberta feita não fosse exclusiva de pessoas com epilepsia, os pesquisadores checaram os resultados em várias amostras tiradas de tumores cerebrais.

O mais importante foi que, quando eles dosaram as células com um bloqueador do canal de sódio, chamado tetrodotoxina, eles ainda encontraram um sinal. Apenas o cálcio foi bloqueado.

Mesmo assim, mais estudos são necessários para ver com os dCaAPs se comportam nos neurônios inteiros e em um sistema vivo. Além disso, os pesquisadores tem que ver se é uma coisa humana ou se esses mecanismos parecidos também evoluíram em outras espécies do reino animal.

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