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Ultrassom direcionado destrói células cancerosas

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O ultrassom é um som e uma frequência superior àquelas que o ouvido do ser humano pode perceber, que é aproximadamente 20 mil hertz. Ele é usado em diversos campos como para detectar objetos e medir distâncias. Em tese, o ultrassom não é destrutível. Ele é usado para detectar falhas em produtos e estruturas. E industrialmente ele é usado para limpar, misturar e acelerar processos químicos.

Na medicina, a ultrassonografia ou ecografia, é um método de exame de imagem que utiliza ondas ultrassônicas. Elas atravessam os tecidos dos órgãos estudados, retornam em forma de ecos, e fornecem imagens instantâneas durante o procedimento. Com os avanços da tecnologia 3 e 4D, as imagens que são produzidos pelo ultrassom são cada vez mais nítidas.

E dos vários usos, os cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia e do Instituto de Pesquisa Beckman da Cidade da Esperança desenvolveram uma técnica de ultrassom direcionado de baixa intensidade que mata células cancerígenas. E ele faz isso, sem afetar as células saudáveis ao redor.

O ultrassom direcionado não é uma novidade na terapia contra o câncer. Mas as técnicas que são usadas atualmente são feixes de alta intensidade que podem destruir também as células saudáveis. Ou então injetam contraste que só funcionam em alguns tumores. Por isso, qualquer avanço que seja feito na tentativa de diminuir o desgaste do paciente, ou então para que apenas as células cancerosas sejam afetadas é bem vindo.

Técnica

Com essa nova técnica, propriedades físicas e estruturais das células cancerígenas são exploradas, para oferecer um tratamento mais seguro e eficaz. E isso é um campo de estudo emergente, que é chamado de oncotripsia.

Diminuindo a intensidade do ultrassom e equipando sua frequência com a das células-alvo, a equipe conseguiu destruir vários tumores sem que as células saudáveis fossem destruídas. Com esse ajuste da frequência de estimulação, a diferença foi dramática na forma como o câncer e as células saudáveis reagiram.

“Esta é uma emocionante prova de conceito para um novo tipo de terapia contra o câncer. Que não exige que o câncer tenha marcadores moleculares exclusivos ou que seja localizado separadamente das células saudáveis a serem visadas”, disse David Mittelstein, o principal autor do estudo.

Pesquisa

Os pesquisadores disseram que ainda existem várias questões a serem investigadas, sobre o mecanismo preciso que é usado nessa nova terapia. Mas, com apenas as descobertas iniciais, os caminhos futuros são bastante encorajadores.

Essa pesquisa foi publicada em janeiro, na revista Applied Physics Letters. E ela mostra esse novo avanço no campo emergente, que é chamado de oncotripsia. Nele, as células cancerígenas são mortas com base em suas propriedades físicas.

“Apenas ajustando a frequência da estimulação, vimos uma diferença dramática na forma como o câncer e as células saudáveis ​​reagiam. Ainda há muitas questões a serem investigadas sobre o mecanismo preciso, mas nossas descobertas são muito encorajadoras”, explicou.

Eles querem que esse estudo incentive outros cientistas a fazerem avanços na oncotripsia. Como sendo um tratamento potencial contra o câncer. No futuro, ela pode até ser usada junto da quimioterapia, imunoterapia, radiação e cirurgia.

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