Veja como será a primeira casa construída em Marte

Parece um castelo feito de gelo – mas isso pode se tornar a casa de um ser humano no planeta vermelho. A NASA revelou o vencedor do seu concurso para criar um habitat para os primeiros visitantes do planeta vermelho. Três equipes receberam um total de US$ 40.000 na primeira etapa da competição realizada em Nova York.

O concurso de design desafiou os participantes a desenvolver conceitos arquitetônicos que tirassem vantagem das capacidades únicas que a impressão 3D oferece para imaginar como o habitat em Marte pode parecer. A competição faz parte do programa Centennial Challenges da NASA.

O primeiro lugar ganhou US$ 25.000 com sua “Casa de Gelo”. Durante séculos, as pessoas têm especulado sobre a possibilidade de vida em Marte devido à proximidade do planeta e similaridade com a Terra. Embora tenha havido muita especulação, até a atual data nunca houve qualquer prova de vida existente em Marte. No entanto, evidências estão sendo construídas de que Marte já foi habitável.

O concurso de design desafiou os participantes a desenvolver conceitos arquitetônicos que tiram vantagem das capacidades únicas de impressão 3-D oferece para imaginar o que habitats em Marte pode parecer com o uso desta tecnologia e in-situ de recursos.

As equipes foram julgadas em muitos fatores, incluindo conceito arquitetônico, abordagem de design, habitabilidade, inovação e funcionalidade. Pesquisas sobre provas de vida em Marte começaram no século 19 e continuam até hoje através de investigações feitas por telescópicos e missões não-tripuladas. Enquanto os primeiros trabalhos focados no tema beiravam a fantasia, modernas investigações científicas tem enfatizado a busca de água, assinaturas bioquímicas no solo e rochas na superfície do planeta e biomarcadores nos gases na atmosfera.

A proposta utiliza uma sonda como a base do abrigo, que contém espaços interiores privados e comunais. Uma vez estabelecida, a casa cria um ambiente intersticial entre o exterior e a atmosfera Marte. A camada de gelo proporciona proteção contra a radiação na atmosfera exterior, que também é translúcida e permite que a luz entre no habitat.

Pelo condicionamento do ambiente dentro do abrigo, o gelo pode ser mantido congelado indefinidamente e a vegetação poderia ser cultivada, o que ajudaria a converter dióxido de carbono em oxigênio.

Marte é de particular interesse para o estudo das origens da vida por causa de sua semelhança com a era primitiva da Terra. Marte tem um clima frio e não tem placas tectônicas ou deriva continental, por isso se manteve quase inalterada desde o fim do período Hesperitano. Pelo menos dois terços da superfície de Marte tem mais de 3,5 bilhões de anos.

Resta uma questão em aberto: se existe vida em Marte atualmente ou se já existiu no passado. Em 24 de janeiro de 2014, a NASA informou que os estudos atuais sobre o planeta Marte buscam uma biosfera baseado em autotróficos, quimiotróficos e microrganismos pré-históricos.