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Você não pode morrer nessa cidade e a razão para isso é perturbadora

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Por mais que a ideia de proibir que as pessoas morram pareça loucura, acredite ou não, a verdade é que isso se tornou lei em uma cidade ártica. Apesar da notícia chocante ter deixado muitas pessoas confusas, sobre como isso poderia ser possível, o fato não é uma novidade no local. A lei está em vigor desde 1950 e, desde então, caso a pessoa esteja em estado terminal, mesmo tendo vivido por lá durante toda a sua vida, ela teria que se retirar da cidade antes que isso viesse a acontecer.

Neste momento, você deve estar pensando o quão absurdo tudo isso é, afinal, em algum momento, a vida de todos chega ao fim e “proibir” que isso aconteça é surreal. Além disso, nem sempre sabemos quando esse momento vai chegar, mortes imprevisíveis acontecem e, nestes casos, o corpo do falecido irá ser trasportado para outro local, fora da cidade, para que possa ser enterrado apropriadamente. Mas, por incrível que pareça, mesmo que esta tenha sido uma alternativa extrema, existe um motivo real por trás disso.

O caso

A lei foi determinada como uma medida preventiva na cidade de Longyearbyen, nas Ilhas Svalbard no ano de 1950. De acordo com informações, caso um morador da cidade esteja em estado terminal ele acabaria tendo que passar seus últimos dias em outro lugar. E, caso a morte aconteça de forma súbita, o corpo do falecido seria levado para um local fora da cidade para ser enterrado. A lei que promoveu essa “proibição”, por incrível que pareça, foi desenvolvida para o bem de seus moradores. Permanecendo em vigor até os dias de hoje, depois de 68 anos.

O motivo

Mas, o que poderia ser tão grave a ponto de fazer com que uma população inteira fosse “proibida” de morrer? Em 1950, alguns especialistas acabaram descobrindo que o permafrost – solo presente em regiões polares e composto por uma mistura de gelo, pedras e terra, estava impedindo os corpos de se decomporem. E, por esse motivo, caso algum dos corpos carregasse um vírus mortal, mesmo com o passar do tempo, ele permaneceria vivo.

O fato é que, apesar do permafrost acabar mantendo os corpos e qualquer outra coisa ‘preservada’ embaixo dele, caso esse venha a descongelar consideravelmente em períodos quentes, isso poderia fazer com que uma doença se espalhasse. E, apesar de não se ter certeza sobre o quão perigosos os vírus e bactérias presentes nos cadáveres podem ser para os vivos, a medida foi tomada como prevenção. Além disso, amostras de cadáveres de 1917, retirados da cidade, mostraram conter Influenza Espanhola.

Caso

Parece difícil de acreditar que esse fator poderia causar um surto na cidade e matar ainda mais pessoas, mas alguns casos assim já aconteceram. No mês de agosto de 2016, o norte da Sibéria acabou enfrentando um surto de antraz. Ela acabou sendo responsável pela morte de um garote e a internação de outras 90 pessoas. Além disso, cerca de 2.300 renas morreram pela mesma doença.

Depois de analisarem o caso, especialistas perceberam que o surto ocorreu durante um período de calor que rondou a região. E, suposições se formaram afirmando que uma rena morta por antraz teria se descongelado e espalhado a doença. Por isso, mesmo que pareça uma atitude desesperada e exagerada, a lei foi desenvolvida para a proteção de seus moradores. Mesmo que pareça difícil entender isso, depois de saber o motivo para a ação, não parece tão errado ou absurdo. Concordam ou acham que essa medida deveria ser abolida?

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